O Ocean Sky 2025 vai decorrer entre 17 e 31 de outubro de
2025, na zona aérea do arquipélago das Canárias, com base principal na Base
Aérea de Gando, em Gran Canária.
Este exercício anual, organizado pelo Ejército del Aire y
del Espacio de Espanha, tem como objetivo principal o treino avançado de
combate ar-ar, interoperabilidade entre forças aéreas de vários países aliados
da NATO e a utilização de um amplo espaço aéreo — no âmbito das Canárias,
vantajoso por permitir operações desde cotas muito baixas até altitudes
elevadas e uma boa flexibilidade de voo.
A Força Aérea Portuguesa participa em Ocean Sky 2025 com
destacamento de F-16AM/BM Fighting Falcon (15144, 15105, 15106, 15110 e
15113), continuando a tradição de enviar caças F-16 para exercícios
multinacionais no sul da Europa. A participação portuguesa foi suportada pelas Esquadra 501 (C-130H) e Esquadra 506 (C-390), terá como objectivos
operacionais entre outros, o treino de combate ar-ar em ambiente multinacional, prática de
DACT com plataformas NATO/aliadas, integração em missões tipo COMAO/escort e
reforço da capacidade de projeção da FAP em teatros externos.
A escolha desta localização estratégica — no flanco sul da
Europa, próximo do Atlântico — permite simular cenários exigentes e realistas,
envolvendo unidades de caça, reabastecimento aéreo, escoltas, vigilância do
espaço aéreo e defesa integrada. Por exemplo, trata-se de um ambiente ideal
para que os pilotos treinem interceptações e combates dissimilares (DACT —
dissimilar air combat training) face a adversários equipados com plataformas
variadas.
Durante o exercício, estão definidas áreas reservadas de voo
(FIR/UIR Canárias) para permitir a realização de missões de combate aéreo,
treino tático e transição entre diferentes perfis de missão — e essas áreas
estão detalhadas no NOTAM 170/25, de 17 de outubro de 2025.
Em suma, o Ocean Sky 2025 representa uma oportunidade
significativa para que as forças aéreas participantes verifiquem e melhorem os
seus processos de missão, tática, apoio logístico e coordenação multinacional –
elemento cada vez mais relevante no contexto da NATO e da Defesa.





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