quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Grande ano este, 2009
2009 está terminado e em situação de balanço posso afirmar que foi um ano em cheio, mesmo dos melhores. Estava a tentar contabilizar os eventos fotográficos e facilmente cheguei a 20, nacionais e internacionais, desde Festivais Aéreos, spotterdays, apresentações e treinos das patrulhas acrobáticas, visitas da APEA e não podia deixar de salientar os 100 anos da Aviação em Portugal bem como os 50 anos da Base Aérea 5 de Monte Real, evento este que decorreu durante todo o ano de 2009 com diversas actividades. A nível internacional fui ao RIAT e ao Spotterday do Tigermeet, o RIAT posso considerá-lo um pouco fraco, mas a quantidade de aeronaves, deixa-nos parvos... quanto ao Tigermeet, foi excelente mas a minha opção de local, não foi a mais favorável. Este ano de 2009 tive também o previlégio de efectuar baptismos de voo em P-3P Orion, C-130 Hercules, C-295 da FAP e ainda fazer uma secção acrobática com o Jorge Fachadas dos SmokeWings, bem esta última foi do melhor do ponto de vista de sensações incriveis nas manobras que normalmente vimos e fotografamos com os "pezinhos" bem assentes no chão. Enquanto estou para aqui a escrever estas linhas, não faço a minima ideia, ainda, quais as fotos que vou colocar para ilustrarem mais este post. Neste ano que foi o dos meus 30 anos de spotting, conheci o meu ídolo dos F-86 e não podia ter ficado melhor registado através do livro "Monte Real 50 Anos", onde tive uma participação forte, o Museu da BA5, onde existem 2 paredes com fotos de F-16 da minha autoria e a já referida participação no último numero da revista Mais Alto. Muito importante também foram as pessoas que conheci e me relacionei durante este ano e as amizades que ficaram. Gostaria de salientar também o facto de este ano de 2009, ter notado uma "explosão" em numero de spotters que hoje existem, o que me deixa bastante satisfeito saber que contribui para isso ao longos destes ultimos anos. Ah! E não esquecer que a consequência disso, é a qualidade estar cada vez mais alta por existrem tantos spotters com bastante categoria a fotografar por aí. Realmente um 2009 em cheio para a nossa religião. Fiquem bem. Jorge Ruivo
domingo, 20 de dezembro de 2009
Spotter - 30 Anos
O final do ano de 2009 caminha a passos largos para o seu fim e hoje vou falar-vos do meu inicio, à 30 anos atrás em 1979. Os tempos eram outros, eu ia de bicicleta até Monte Real, normalmente ás quartas-feiras, por não haver aulas de tarde. Nessa altura, de vez em quando e com alguma sorte o meu pai deixava-me levar o maquinão dele, uma Agfa com rolos a preto e branco que era só disparar, nada de focagens, não era preciso. Vou vos contar uma, a nossa irresponsabilidade. Durante a hora de almoço, enquanto aguardava-mos pelas missões da tarde e depois de morfarmos as sandochas e os sumos (nada de minis), íamos jogar á apanhada de bicicleta para a pista 19. Como é que pode? primeiro porque éramos loucos e segundo porque não havia arame farpado ou rede para não nos deixar entrar, como existe hoje. Bem isto aconteceu diversas veses e nunca ouve qualquer problema. A malta tinha uns 13/14 anos, putos rufias, mas já com gosto pela aviação, e a curiosidade é que ainda mantenho esses amigos, refiro-me aqueles que eram os precistentes, ou os habituais, é que no grupo ia sempre mais 1 ou dois, mas já não voltavam a ir, pudera tinham de pedalar tanto. Mais histórias engraçadas? Desde termos de desviar rapidamente a fazer corta mato pelo pinhal para não apanharmos a policia, ribanceira abaixo, brutais trambolhões, mas nessa altura éramos feitos de borracha, nada nos parava, até irmos de manhã no Inverno, as mãos ficavam tão geladas que as tínhamos de colocar "entre pernas", sim aí mesmo onde estão a pensar (bem lembrado Paulo, no teu comentário do primeiro post). Ah! pormenor importante... a minha bicicleta era vermelha, não sei porquê. Bem mas voltamos ao que interessa, fotos, essa a preto e branco, claro e para referir que os aviões operacionais em Monte Real eram os T-33 da esquadra 103 Caracóis e os F-86F e T-38 da esquadra 201 Falcões. Ah ia-me esquecendo, ainda guardo religiosamente essa máquina fotográfica como podem ver na última foto. E por fim e relativo á reportagem fotográfica, as fotos foram tiras no topo norte, pista em uso a 19 e como não havia vedação, eu ia de moita em moita e a aproximar-me cada vez mais, a prova disso é a ultima foto como podem ver o risco branco da extremidade da pista... aí sim, fui apanhado. O piloto transmitiu via rádio, eu tirei a foto, fugi para o pinhal, escondi a máquina, voltei ao local e o jipe da PA a chegar... "Ei míudos, não podem estar aqui!!! "ok, não sabíamos, como não tinha rede... pensávamos... não podemos passar daqui?? ok está bem." eh eh eh ( mas a foto já cá cantava ). A terminar não podia deixar de referir o orgulho que tenho pelo facto de no ultimo mês do ano, em que faço 30 deste meu hobby, ter a capa e o poster central da revista militar da Força Aérea, MAIS ALTO, para mim é terminar o ano com chave de ouro. Fiquem bem. Jorge Ruivo
O final do ano de 2009 caminha a passos largos para o seu fim e hoje vou falar-vos do meu inicio, à 30 anos atrás em 1979. Os tempos eram outros, eu ia de bicicleta até Monte Real, normalmente ás quartas-feiras, por não haver aulas de tarde. Nessa altura, de vez em quando e com alguma sorte o meu pai deixava-me levar o maquinão dele, uma Agfa com rolos a preto e branco que era só disparar, nada de focagens, não era preciso. Vou vos contar uma, a nossa irresponsabilidade. Durante a hora de almoço, enquanto aguardava-mos pelas missões da tarde e depois de morfarmos as sandochas e os sumos (nada de minis), íamos jogar á apanhada de bicicleta para a pista 19. Como é que pode? primeiro porque éramos loucos e segundo porque não havia arame farpado ou rede para não nos deixar entrar, como existe hoje. Bem isto aconteceu diversas veses e nunca ouve qualquer problema. A malta tinha uns 13/14 anos, putos rufias, mas já com gosto pela aviação, e a curiosidade é que ainda mantenho esses amigos, refiro-me aqueles que eram os precistentes, ou os habituais, é que no grupo ia sempre mais 1 ou dois, mas já não voltavam a ir, pudera tinham de pedalar tanto. Mais histórias engraçadas? Desde termos de desviar rapidamente a fazer corta mato pelo pinhal para não apanharmos a policia, ribanceira abaixo, brutais trambolhões, mas nessa altura éramos feitos de borracha, nada nos parava, até irmos de manhã no Inverno, as mãos ficavam tão geladas que as tínhamos de colocar "entre pernas", sim aí mesmo onde estão a pensar (bem lembrado Paulo, no teu comentário do primeiro post). Ah! pormenor importante... a minha bicicleta era vermelha, não sei porquê. Bem mas voltamos ao que interessa, fotos, essa a preto e branco, claro e para referir que os aviões operacionais em Monte Real eram os T-33 da esquadra 103 Caracóis e os F-86F e T-38 da esquadra 201 Falcões. Ah ia-me esquecendo, ainda guardo religiosamente essa máquina fotográfica como podem ver na última foto. E por fim e relativo á reportagem fotográfica, as fotos foram tiras no topo norte, pista em uso a 19 e como não havia vedação, eu ia de moita em moita e a aproximar-me cada vez mais, a prova disso é a ultima foto como podem ver o risco branco da extremidade da pista... aí sim, fui apanhado. O piloto transmitiu via rádio, eu tirei a foto, fugi para o pinhal, escondi a máquina, voltei ao local e o jipe da PA a chegar... "Ei míudos, não podem estar aqui!!! "ok, não sabíamos, como não tinha rede... pensávamos... não podemos passar daqui?? ok está bem." eh eh eh ( mas a foto já cá cantava ). A terminar não podia deixar de referir o orgulho que tenho pelo facto de no ultimo mês do ano, em que faço 30 deste meu hobby, ter a capa e o poster central da revista militar da Força Aérea, MAIS ALTO, para mim é terminar o ano com chave de ouro. Fiquem bem. Jorge Ruivo
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Vôo F-16. Um ano depois
É verdade, já passou um ano desde aquele que foi dos melhores dias alguma vez vivido por mim, e não era para menos, afinal ia concretizar aquele sonho de puto, o voar num dos melhores caças do mundo. Incrível, praticamente ainda me recordo dos passos até estar sentado no "backseat" do 15119, a chegada, ir buscar os equipamentos de voo, o briefing de segurança, o almoço que até nem foi nada leve, uma feijoada... bem, de leve é que não tem nada, certo? A explicação por alto da missão pelo comandante da aeronave, a minha preocupação na operacionalidade da máquina fotográfica,
baterias, cartões, digamos que não podia falhar nada, nem o 15119 que se "portou" á altura não registando qualquer anomalia que pudesse cancelar a minha missão. Enquanto estava no cockpit, a minha preocupação era de não ver acender nenhuma luzinha "vermelha", pelo menos sem conhecer os procedimentos e fazendo uma analogia com meu carro, luzinhas vermelhas são sinais de qualquer coisa estar a correr mal, mas pronto esses minutos passaram e lá começámos a rolar para o "last chance", onde os mecânicos fazem as últimas verificações. Curiosidade o facto de ao meu lado estar um Alphajet, piloto com capacete vermelho, fácil... Maj Videira, leader dos Asas de Portugal. Tudo ok, maravilha e seguiu-se a autorização... "cannon two, runway 01, clear to take off" , ouvir esta frase no capacete é estrondoso, muito forte mesmo, rolamos atrás do 15109 e do 15106 posicionámo-nos na parte esquerda da pista 01.
Troca de sinais entre os pilotos, tudo ok, o 06 iniciou a corrida para a descolagem em full AB, o 09 e mantendo a distancia de segurança, aí fomos nós, a sentir o "pontapé no rabo" ou seja o afterburn a accionar as libras de potencia, ficar colado á cadeira, rolar uns metros e aí estava eu, no ar, a bordo de um dos melhores caças do mundo. Pela primeira vez olhava para o meu local de spotting preferido a bordo de um F-16, como é que podia? Estaria eu a sonhar? Naquele momento, olhei para todo o lado, para a povoação, para o cockpit, para as asas do F-16, para o céu, nuvens... parecia mesmo um sonho. Assim que subimos e já por cima do mar, o piloto achou por bem testar-me com as forças G's, agora é que eu ia ver se tinha aprendido a lição do briefing, Jorge vamos manobrar com 2 G's.... fogo.... éH páH impressionante,
ficamos "pregados" á cadeira, mas 2 é fraquinho, certo pessoal? Seguiram-se 4 G's.... aí a respiração já tem de ser "by the book" ou seja, colocarmos em pratica o ensinamento, uma forte expiração e inspiração rápidas, fazer força nos músculos das pernas, do abdómen e em simultâneo tentar levantar-nos fazendo força com os músculos das ancas e rabo(apesar de estarmos amarrados), contar até três e fazer tudo de novo, este procedimento fará com que o sangue mantenha o seu fluxo em direcção ao cérebro e não desfalecemos. Depois foram os 6 G's.... aí eu estava uns 5 minutinhos a recuperar a respiração, e a meio do voo já eu tinha a minha t-shirt encharcada em água. Entretanto eu ia disparando a minha máquina, a tentar obter as fotos de sonho... mas só quando não estávamos com G's, porque aí eu não conseguia posicionar a máquina, como podem imaginar, devido ao seu peso. Missão cumprida e terminada, seguiu-se a recuperação para Monte Real, aí comecei a mentalizar-me que estava a acabar este "filme espectacular"... mas houve ainda tempo (talvez seja mais, combustível) para treinar um low-approach com um close, manobra que eu tanto gosto de fotografar, com os pés nos chão, claro. 1 hora e 51 minutos de voo, chegar a 8.4 G's, emagrecer uns 3 kilitos... bem, foi estrondoso, realmente um dia daqueles que ficam bem marcados em nós, depois do voo seguiram-se umas mini's para recuperar, sentia-me um pouco desidratado, cheio de sede eh eh eh. Acho que me estou a alongar, como podem ler, este dia está mesmo bem gravado no meu "disco rígido". Os meus agradecimentos vão directos para a Esquadra 201 Falcões, por me permitirem concretizar este sonho por 1 dia, à Força Aérea Portuguesa pela permissão de me integrarem numa missão militar e aos meus amigos que me fotografaram e sem eles não era possível este testemunho fotográfico. Desta vez as fotos são aqui do menino, do 15119, que para mim são as melhores que há, só porque, sou eu que vou no backseat, estava um dia bastante escuro, ameaçava chover, ora bem, o habitual, afinal não é à toa que me chamam Jorge "Nuvem Negra" Ruivo. E para terminar, mais uma vez, refiro que foi bonito ver os meus pais do outro lado da rede quando o 19 rolava para o shelter, o obrigado ao Marcos Figueiredo, ao Álvaro Gonçalves e ao Bruno pelas fotos que me tiraram, neste dia que será para sempre recordado com um dos melhores que já vivi. Ah! de registar também o facto dos meus filhos, um ter visto F-16's a passar e o outro ter visto os rastos brancos no céu, o que foi também bonito quando cheguei a casa e me abordaram. Bem este post está mesmo longo, acho que alguns de vós até já adormeceram antes de chegar ao fim, ou morreram mesmo de fome se começaram a ler antes da refeição. Por isso fiquem bem. Jorge Ruivo. Desculpem lá, mas esta é a minha religião, ok?
baterias, cartões, digamos que não podia falhar nada, nem o 15119 que se "portou" á altura não registando qualquer anomalia que pudesse cancelar a minha missão. Enquanto estava no cockpit, a minha preocupação era de não ver acender nenhuma luzinha "vermelha", pelo menos sem conhecer os procedimentos e fazendo uma analogia com meu carro, luzinhas vermelhas são sinais de qualquer coisa estar a correr mal, mas pronto esses minutos passaram e lá começámos a rolar para o "last chance", onde os mecânicos fazem as últimas verificações. Curiosidade o facto de ao meu lado estar um Alphajet, piloto com capacete vermelho, fácil... Maj Videira, leader dos Asas de Portugal. Tudo ok, maravilha e seguiu-se a autorização... "cannon two, runway 01, clear to take off" , ouvir esta frase no capacete é estrondoso, muito forte mesmo, rolamos atrás do 15109 e do 15106 posicionámo-nos na parte esquerda da pista 01.
Troca de sinais entre os pilotos, tudo ok, o 06 iniciou a corrida para a descolagem em full AB, o 09 e mantendo a distancia de segurança, aí fomos nós, a sentir o "pontapé no rabo" ou seja o afterburn a accionar as libras de potencia, ficar colado á cadeira, rolar uns metros e aí estava eu, no ar, a bordo de um dos melhores caças do mundo. Pela primeira vez olhava para o meu local de spotting preferido a bordo de um F-16, como é que podia? Estaria eu a sonhar? Naquele momento, olhei para todo o lado, para a povoação, para o cockpit, para as asas do F-16, para o céu, nuvens... parecia mesmo um sonho. Assim que subimos e já por cima do mar, o piloto achou por bem testar-me com as forças G's, agora é que eu ia ver se tinha aprendido a lição do briefing, Jorge vamos manobrar com 2 G's.... fogo.... éH páH impressionante,
ficamos "pregados" á cadeira, mas 2 é fraquinho, certo pessoal? Seguiram-se 4 G's.... aí a respiração já tem de ser "by the book" ou seja, colocarmos em pratica o ensinamento, uma forte expiração e inspiração rápidas, fazer força nos músculos das pernas, do abdómen e em simultâneo tentar levantar-nos fazendo força com os músculos das ancas e rabo(apesar de estarmos amarrados), contar até três e fazer tudo de novo, este procedimento fará com que o sangue mantenha o seu fluxo em direcção ao cérebro e não desfalecemos. Depois foram os 6 G's.... aí eu estava uns 5 minutinhos a recuperar a respiração, e a meio do voo já eu tinha a minha t-shirt encharcada em água. Entretanto eu ia disparando a minha máquina, a tentar obter as fotos de sonho... mas só quando não estávamos com G's, porque aí eu não conseguia posicionar a máquina, como podem imaginar, devido ao seu peso. Missão cumprida e terminada, seguiu-se a recuperação para Monte Real, aí comecei a mentalizar-me que estava a acabar este "filme espectacular"... mas houve ainda tempo (talvez seja mais, combustível) para treinar um low-approach com um close, manobra que eu tanto gosto de fotografar, com os pés nos chão, claro. 1 hora e 51 minutos de voo, chegar a 8.4 G's, emagrecer uns 3 kilitos... bem, foi estrondoso, realmente um dia daqueles que ficam bem marcados em nós, depois do voo seguiram-se umas mini's para recuperar, sentia-me um pouco desidratado, cheio de sede eh eh eh. Acho que me estou a alongar, como podem ler, este dia está mesmo bem gravado no meu "disco rígido". Os meus agradecimentos vão directos para a Esquadra 201 Falcões, por me permitirem concretizar este sonho por 1 dia, à Força Aérea Portuguesa pela permissão de me integrarem numa missão militar e aos meus amigos que me fotografaram e sem eles não era possível este testemunho fotográfico. Desta vez as fotos são aqui do menino, do 15119, que para mim são as melhores que há, só porque, sou eu que vou no backseat, estava um dia bastante escuro, ameaçava chover, ora bem, o habitual, afinal não é à toa que me chamam Jorge "Nuvem Negra" Ruivo. E para terminar, mais uma vez, refiro que foi bonito ver os meus pais do outro lado da rede quando o 19 rolava para o shelter, o obrigado ao Marcos Figueiredo, ao Álvaro Gonçalves e ao Bruno pelas fotos que me tiraram, neste dia que será para sempre recordado com um dos melhores que já vivi. Ah! de registar também o facto dos meus filhos, um ter visto F-16's a passar e o outro ter visto os rastos brancos no céu, o que foi também bonito quando cheguei a casa e me abordaram. Bem este post está mesmo longo, acho que alguns de vós até já adormeceram antes de chegar ao fim, ou morreram mesmo de fome se começaram a ler antes da refeição. Por isso fiquem bem. Jorge Ruivo. Desculpem lá, mas esta é a minha religião, ok?
É verdade, já passou um ano desde aquele que foi dos melhores dias alguma vez vivido por mim, e não era para menos, afinal ia concretizar aquele sonho de puto, o voar num dos melhores caças do mundo. Incrível, praticamente ainda me recordo dos passos até estar sentado no "backseat" do 15119, a chegada, ir buscar os equipamentos de voo, o briefing de segurança, o almoço que até nem foi nada leve, uma feijoada... bem, de leve é que não tem nada, certo? A explicação por alto da missão pelo comandante da aeronave, a minha preocupação na operacionalidade da máquina fotográfica,
baterias, cartões, digamos que não podia falhar nada, nem o 15119 que se "portou" á altura não registando qualquer anomalia que pudesse cancelar a minha missão. Enquanto estava no cockpit, a minha preocupação era de não ver acender nenhuma luzinha "vermelha", pelo menos sem conhecer os procedimentos e fazendo uma analogia com meu carro, luzinhas vermelhas são sinais de qualquer coisa estar a correr mal, mas pronto esses minutos passaram e lá começámos a rolar para o "last chance", onde os mecânicos fazem as últimas verificações. Curiosidade o facto de ao meu lado estar um Alphajet, piloto com capacete vermelho, fácil... Maj Videira, leader dos Asas de Portugal. Tudo ok, maravilha e seguiu-se a autorização... "cannon two, runway 01, clear to take off" , ouvir esta frase no capacete é estrondoso, muito forte mesmo, rolamos atrás do 15109 e do 15106 posicionámo-nos na parte esquerda da pista 01.
Troca de sinais entre os pilotos, tudo ok, o 06 iniciou a corrida para a descolagem em full AB, o 09 e mantendo a distancia de segurança, aí fomos nós, a sentir o "pontapé no rabo" ou seja o afterburn a accionar as libras de potencia, ficar colado á cadeira, rolar uns metros e aí estava eu, no ar, a bordo de um dos melhores caças do mundo. Pela primeira vez olhava para o meu local de spotting preferido a bordo de um F-16, como é que podia? Estaria eu a sonhar? Naquele momento, olhei para todo o lado, para a povoação, para o cockpit, para as asas do F-16, para o céu, nuvens... parecia mesmo um sonho. Assim que subimos e já por cima do mar, o piloto achou por bem testar-me com as forças G's, agora é que eu ia ver se tinha aprendido a lição do briefing, Jorge vamos manobrar com 2 G's.... fogo.... éH páH impressionante,
ficamos "pregados" á cadeira, mas 2 é fraquinho, certo pessoal? Seguiram-se 4 G's.... aí a respiração já tem de ser "by the book" ou seja, colocarmos em pratica o ensinamento, uma forte expiração e inspiração rápidas, fazer força nos músculos das pernas, do abdómen e em simultâneo tentar levantar-nos fazendo força com os músculos das ancas e rabo(apesar de estarmos amarrados), contar até três e fazer tudo de novo, este procedimento fará com que o sangue mantenha o seu fluxo em direcção ao cérebro e não desfalecemos. Depois foram os 6 G's.... aí eu estava uns 5 minutinhos a recuperar a respiração, e a meio do voo já eu tinha a minha t-shirt encharcada em água. Entretanto eu ia disparando a minha máquina, a tentar obter as fotos de sonho... mas só quando não estávamos com G's, porque aí eu não conseguia posicionar a máquina, como podem imaginar, devido ao seu peso. Missão cumprida e terminada, seguiu-se a recuperação para Monte Real, aí comecei a mentalizar-me que estava a acabar este "filme espectacular"... mas houve ainda tempo (talvez seja mais, combustível) para treinar um low-approach com um close, manobra que eu tanto gosto de fotografar, com os pés nos chão, claro. 1 hora e 51 minutos de voo, chegar a 8.4 G's, emagrecer uns 3 kilitos... bem, foi estrondoso, realmente um dia daqueles que ficam bem marcados em nós, depois do voo seguiram-se umas mini's para recuperar, sentia-me um pouco desidratado, cheio de sede eh eh eh. Acho que me estou a alongar, como podem ler, este dia está mesmo bem gravado no meu "disco rígido". Os meus agradecimentos vão directos para a Esquadra 201 Falcões, por me permitirem concretizar este sonho por 1 dia, à Força Aérea Portuguesa pela permissão de me integrarem numa missão militar e aos meus amigos que me fotografaram e sem eles não era possível este testemunho fotográfico. Desta vez as fotos são aqui do menino, do 15119, que para mim são as melhores que há, só porque, sou eu que vou no backseat, estava um dia bastante escuro, ameaçava chover, ora bem, o habitual, afinal não é à toa que me chamam Jorge "Nuvem Negra" Ruivo. E para terminar, mais uma vez, refiro que foi bonito ver os meus pais do outro lado da rede quando o 19 rolava para o shelter, o obrigado ao Marcos Figueiredo, ao Álvaro Gonçalves e ao Bruno pelas fotos que me tiraram, neste dia que será para sempre recordado com um dos melhores que já vivi. Ah! de registar também o facto dos meus filhos, um ter visto F-16's a passar e o outro ter visto os rastos brancos no céu, o que foi também bonito quando cheguei a casa e me abordaram. Bem este post está mesmo longo, acho que alguns de vós até já adormeceram antes de chegar ao fim, ou morreram mesmo de fome se começaram a ler antes da refeição. Por isso fiquem bem. Jorge Ruivo. Desculpem lá, mas esta é a minha religião, ok?
baterias, cartões, digamos que não podia falhar nada, nem o 15119 que se "portou" á altura não registando qualquer anomalia que pudesse cancelar a minha missão. Enquanto estava no cockpit, a minha preocupação era de não ver acender nenhuma luzinha "vermelha", pelo menos sem conhecer os procedimentos e fazendo uma analogia com meu carro, luzinhas vermelhas são sinais de qualquer coisa estar a correr mal, mas pronto esses minutos passaram e lá começámos a rolar para o "last chance", onde os mecânicos fazem as últimas verificações. Curiosidade o facto de ao meu lado estar um Alphajet, piloto com capacete vermelho, fácil... Maj Videira, leader dos Asas de Portugal. Tudo ok, maravilha e seguiu-se a autorização... "cannon two, runway 01, clear to take off" , ouvir esta frase no capacete é estrondoso, muito forte mesmo, rolamos atrás do 15109 e do 15106 posicionámo-nos na parte esquerda da pista 01.
Troca de sinais entre os pilotos, tudo ok, o 06 iniciou a corrida para a descolagem em full AB, o 09 e mantendo a distancia de segurança, aí fomos nós, a sentir o "pontapé no rabo" ou seja o afterburn a accionar as libras de potencia, ficar colado á cadeira, rolar uns metros e aí estava eu, no ar, a bordo de um dos melhores caças do mundo. Pela primeira vez olhava para o meu local de spotting preferido a bordo de um F-16, como é que podia? Estaria eu a sonhar? Naquele momento, olhei para todo o lado, para a povoação, para o cockpit, para as asas do F-16, para o céu, nuvens... parecia mesmo um sonho. Assim que subimos e já por cima do mar, o piloto achou por bem testar-me com as forças G's, agora é que eu ia ver se tinha aprendido a lição do briefing, Jorge vamos manobrar com 2 G's.... fogo.... éH páH impressionante,
ficamos "pregados" á cadeira, mas 2 é fraquinho, certo pessoal? Seguiram-se 4 G's.... aí a respiração já tem de ser "by the book" ou seja, colocarmos em pratica o ensinamento, uma forte expiração e inspiração rápidas, fazer força nos músculos das pernas, do abdómen e em simultâneo tentar levantar-nos fazendo força com os músculos das ancas e rabo(apesar de estarmos amarrados), contar até três e fazer tudo de novo, este procedimento fará com que o sangue mantenha o seu fluxo em direcção ao cérebro e não desfalecemos. Depois foram os 6 G's.... aí eu estava uns 5 minutinhos a recuperar a respiração, e a meio do voo já eu tinha a minha t-shirt encharcada em água. Entretanto eu ia disparando a minha máquina, a tentar obter as fotos de sonho... mas só quando não estávamos com G's, porque aí eu não conseguia posicionar a máquina, como podem imaginar, devido ao seu peso. Missão cumprida e terminada, seguiu-se a recuperação para Monte Real, aí comecei a mentalizar-me que estava a acabar este "filme espectacular"... mas houve ainda tempo (talvez seja mais, combustível) para treinar um low-approach com um close, manobra que eu tanto gosto de fotografar, com os pés nos chão, claro. 1 hora e 51 minutos de voo, chegar a 8.4 G's, emagrecer uns 3 kilitos... bem, foi estrondoso, realmente um dia daqueles que ficam bem marcados em nós, depois do voo seguiram-se umas mini's para recuperar, sentia-me um pouco desidratado, cheio de sede eh eh eh. Acho que me estou a alongar, como podem ler, este dia está mesmo bem gravado no meu "disco rígido". Os meus agradecimentos vão directos para a Esquadra 201 Falcões, por me permitirem concretizar este sonho por 1 dia, à Força Aérea Portuguesa pela permissão de me integrarem numa missão militar e aos meus amigos que me fotografaram e sem eles não era possível este testemunho fotográfico. Desta vez as fotos são aqui do menino, do 15119, que para mim são as melhores que há, só porque, sou eu que vou no backseat, estava um dia bastante escuro, ameaçava chover, ora bem, o habitual, afinal não é à toa que me chamam Jorge "Nuvem Negra" Ruivo. E para terminar, mais uma vez, refiro que foi bonito ver os meus pais do outro lado da rede quando o 19 rolava para o shelter, o obrigado ao Marcos Figueiredo, ao Álvaro Gonçalves e ao Bruno pelas fotos que me tiraram, neste dia que será para sempre recordado com um dos melhores que já vivi. Ah! de registar também o facto dos meus filhos, um ter visto F-16's a passar e o outro ter visto os rastos brancos no céu, o que foi também bonito quando cheguei a casa e me abordaram. Bem este post está mesmo longo, acho que alguns de vós até já adormeceram antes de chegar ao fim, ou morreram mesmo de fome se começaram a ler antes da refeição. Por isso fiquem bem. Jorge Ruivo. Desculpem lá, mas esta é a minha religião, ok?
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Rotores de Portugal
Rotores de Portugal. Outra das minhas patrulhas preferidas e depois de referir os Asas de Portugal, também teria de haver uma referencia aqui a esta magnifica esquadrilha acrobática da Força Aerea Portuguesa. O primeiro contacto que tive foi por via da revista Mais Alto quando num numero de 1981 fez referencia nas páginas centrais dando-me assim
a conhecer a sua existência, na altura baseada na Ota. O festival aéreo onde vi pela primeira uma demo foi em Sintra no aniversário da Força Aérea em 1992, com 2 helis e posteriormente no Montijo em 1994 com 3 helis. Como esta paixão da fotografia ficou mais intensa com a "era digital", foi em Aveiro, mais propriamente na Barra que voltei a fotografá-los durante mais um aniversário Fap em 2005 e de seguida em Évora no Portugal Air Show. Das diversas Demos que presenciei saliento as 3 internacionais no Aire 06, Vigo 07 e 08, por cá foram várias, mas destacaria a última no Porto, durante o Red Bull deste ano. Apresentação em Sintra, Portimão, novamente Sintra no spotterday da FAP e no Porto durante o Red Bull, foram as demos que fotografei neste ano de 2009, acabando em Beja na Festa dos Helicopteros onde a Esquadra 552 tem homenageado todos os anos uma esquadra antiga dos Allouette III com especial incidência para as que operaram no Ultramar. Não queria terminar sem referir o prestigio dos Rotores junto da comunidade spotter nacional e internacional e ainda um agradecimento ao meu amigo Ricardo Nunes por ser um elo forte de ligação com a Esquadra 552. Fiquem bem. Jorge Ruivo. Ah! E o agradecimento ao Miguel Amaral pela foto com os Rotores.
a conhecer a sua existência, na altura baseada na Ota. O festival aéreo onde vi pela primeira uma demo foi em Sintra no aniversário da Força Aérea em 1992, com 2 helis e posteriormente no Montijo em 1994 com 3 helis. Como esta paixão da fotografia ficou mais intensa com a "era digital", foi em Aveiro, mais propriamente na Barra que voltei a fotografá-los durante mais um aniversário Fap em 2005 e de seguida em Évora no Portugal Air Show. Das diversas Demos que presenciei saliento as 3 internacionais no Aire 06, Vigo 07 e 08, por cá foram várias, mas destacaria a última no Porto, durante o Red Bull deste ano. Apresentação em Sintra, Portimão, novamente Sintra no spotterday da FAP e no Porto durante o Red Bull, foram as demos que fotografei neste ano de 2009, acabando em Beja na Festa dos Helicopteros onde a Esquadra 552 tem homenageado todos os anos uma esquadra antiga dos Allouette III com especial incidência para as que operaram no Ultramar. Não queria terminar sem referir o prestigio dos Rotores junto da comunidade spotter nacional e internacional e ainda um agradecimento ao meu amigo Ricardo Nunes por ser um elo forte de ligação com a Esquadra 552. Fiquem bem. Jorge Ruivo. Ah! E o agradecimento ao Miguel Amaral pela foto com os Rotores.
Rotores de Portugal. Outra das minhas patrulhas preferidas e depois de referir os Asas de Portugal, também teria de haver uma referencia aqui a esta magnifica esquadrilha acrobática da Força Aerea Portuguesa. O primeiro contacto que tive foi por via da revista Mais Alto quando num numero de 1981 fez referencia nas páginas centrais dando-me assim
a conhecer a sua existência, na altura baseada na Ota. O festival aéreo onde vi pela primeira uma demo foi em Sintra no aniversário da Força Aérea em 1992, com 2 helis e posteriormente no Montijo em 1994 com 3 helis. Como esta paixão da fotografia ficou mais intensa com a "era digital", foi em Aveiro, mais propriamente na Barra que voltei a fotografá-los durante mais um aniversário Fap em 2005 e de seguida em Évora no Portugal Air Show. Das diversas Demos que presenciei saliento as 3 internacionais no Aire 06, Vigo 07 e 08, por cá foram várias, mas destacaria a última no Porto, durante o Red Bull deste ano. Apresentação em Sintra, Portimão, novamente Sintra no spotterday da FAP e no Porto durante o Red Bull, foram as demos que fotografei neste ano de 2009, acabando em Beja na Festa dos Helicopteros onde a Esquadra 552 tem homenageado todos os anos uma esquadra antiga dos Allouette III com especial incidência para as que operaram no Ultramar. Não queria terminar sem referir o prestigio dos Rotores junto da comunidade spotter nacional e internacional e ainda um agradecimento ao meu amigo Ricardo Nunes por ser um elo forte de ligação com a Esquadra 552. Fiquem bem. Jorge Ruivo. Ah! E o agradecimento ao Miguel Amaral pela foto com os Rotores.
a conhecer a sua existência, na altura baseada na Ota. O festival aéreo onde vi pela primeira uma demo foi em Sintra no aniversário da Força Aérea em 1992, com 2 helis e posteriormente no Montijo em 1994 com 3 helis. Como esta paixão da fotografia ficou mais intensa com a "era digital", foi em Aveiro, mais propriamente na Barra que voltei a fotografá-los durante mais um aniversário Fap em 2005 e de seguida em Évora no Portugal Air Show. Das diversas Demos que presenciei saliento as 3 internacionais no Aire 06, Vigo 07 e 08, por cá foram várias, mas destacaria a última no Porto, durante o Red Bull deste ano. Apresentação em Sintra, Portimão, novamente Sintra no spotterday da FAP e no Porto durante o Red Bull, foram as demos que fotografei neste ano de 2009, acabando em Beja na Festa dos Helicopteros onde a Esquadra 552 tem homenageado todos os anos uma esquadra antiga dos Allouette III com especial incidência para as que operaram no Ultramar. Não queria terminar sem referir o prestigio dos Rotores junto da comunidade spotter nacional e internacional e ainda um agradecimento ao meu amigo Ricardo Nunes por ser um elo forte de ligação com a Esquadra 552. Fiquem bem. Jorge Ruivo. Ah! E o agradecimento ao Miguel Amaral pela foto com os Rotores.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Asas de Portugal
Asas de Portugal. Para mim umas das melhores patrulhas acrobáticas do mundo. Foi com uma enorme pena de soube do cancelamento das restantes exibições deste ano de 2009, afinal de contas são um dos maiores pólos de atenção para a malta jovem, são também a atracção em todos os festivais aéreos em que participam e elevam o nome da Força Aérea Portuguesa ao mais alto nível. Recordo com bastante saudade quando se exibiam com o T-37C, e ainda tive a sorte de os fotografar em 1988, depois um interregno até 2005 onde voltaram, no aniversário da FAP em Aveiro, até que este ano de 2009 tive a oportunidade de estar próximo da equipa, ter ido 2 vezes a Beja, Ovar, apresentação em Sintra, Santarém durante o 10 Junho, Portimão e o aniversário da FAP em Sintra, foram 7 as demo fotografadas. Estava ainda prevista a demo no RIAT, mas infezlismente foi cancelada, ficando o Airshow muito mais pobre e onde em anos anteriores terem sido recordados com saudade, aos altifalantes do evento. Seguiu-se a triste noticia de não os voltarmos a ver mais este ano, foi duro para mim e para todos os spotters, por isso faço votos para que seja uma paragem curta. Não queria terminar sem deixar aqui uma calorosa saudação aeronáutica aos Asas, ao seu leader, Maj Videira e ao Cap. Ribeiro, pelos excelentes momentos fotográficos que me proporcionaram captar, extencivel também à restante equipa por toda a disponibilidade e amabilidade com que me trataram, Maj. Mendes, Ten. Raquel e Ten. Lobo. Este ano fica para mim também marcado por ter diversas fotos no panfleto de publicidade dos Asas e o 2º lugar no concurso de fotografia da Spotterday/FAP e logo com uma foto dos Asas, tirada em Santarém. Posso-vos dizer que desde 2005 programo as minhas deslocações deste meu hobby, também em função do calendário dos Asas e digo-vos que é uma excelente sensação vê-los actuar em solo estrangeiro, trocar impressões com os spotters locais e chegar á conclusão que somos mesmo bons. Mas o mais importante de tudo é que "O ESPÍRITO NUNCA ATERRA". Fiquem bem. Jorge Ruivo
Asas de Portugal. Para mim umas das melhores patrulhas acrobáticas do mundo. Foi com uma enorme pena de soube do cancelamento das restantes exibições deste ano de 2009, afinal de contas são um dos maiores pólos de atenção para a malta jovem, são também a atracção em todos os festivais aéreos em que participam e elevam o nome da Força Aérea Portuguesa ao mais alto nível. Recordo com bastante saudade quando se exibiam com o T-37C, e ainda tive a sorte de os fotografar em 1988, depois um interregno até 2005 onde voltaram, no aniversário da FAP em Aveiro, até que este ano de 2009 tive a oportunidade de estar próximo da equipa, ter ido 2 vezes a Beja, Ovar, apresentação em Sintra, Santarém durante o 10 Junho, Portimão e o aniversário da FAP em Sintra, foram 7 as demo fotografadas. Estava ainda prevista a demo no RIAT, mas infezlismente foi cancelada, ficando o Airshow muito mais pobre e onde em anos anteriores terem sido recordados com saudade, aos altifalantes do evento. Seguiu-se a triste noticia de não os voltarmos a ver mais este ano, foi duro para mim e para todos os spotters, por isso faço votos para que seja uma paragem curta. Não queria terminar sem deixar aqui uma calorosa saudação aeronáutica aos Asas, ao seu leader, Maj Videira e ao Cap. Ribeiro, pelos excelentes momentos fotográficos que me proporcionaram captar, extencivel também à restante equipa por toda a disponibilidade e amabilidade com que me trataram, Maj. Mendes, Ten. Raquel e Ten. Lobo. Este ano fica para mim também marcado por ter diversas fotos no panfleto de publicidade dos Asas e o 2º lugar no concurso de fotografia da Spotterday/FAP e logo com uma foto dos Asas, tirada em Santarém. Posso-vos dizer que desde 2005 programo as minhas deslocações deste meu hobby, também em função do calendário dos Asas e digo-vos que é uma excelente sensação vê-los actuar em solo estrangeiro, trocar impressões com os spotters locais e chegar á conclusão que somos mesmo bons. Mas o mais importante de tudo é que "O ESPÍRITO NUNCA ATERRA". Fiquem bem. Jorge Ruivo
domingo, 27 de setembro de 2009
A-7's de novo em Monte Real
Em 1999 foi ano em que os A-7P deixaram de operar na Força Aérea Portuguesa, foram 18 anos a ver e ouvir estas máquinas por aqui. Mas 10 anos depois, os A-7 estiveram de volta, a uma que foi a sua casa, mesmo por uns dias apenas, mas tive a oportunidade de reviver aqueles tempos, um pouco longiquos, quando vinha até Monte Real para fotografar os A-7P. Duas aeronaves gregas, um A-7E e um TA-7c da esquadra 336 de Araxos, estiveram presentes no Spotterday de Monte Real, 22 de Julho, evento que foi excelentemente organizado, e que marcou as comemorações dos 50 anos da Base Aérea 5. Pena foi que o S. Pedro não ajudou, ou melhor a sua contribuição até foi grande com uma carga de água durante esse dia. Pelo menos o pessoal conseguiu fotografá-los no taxiway, uma vez que a sua missão foi cancelada devido ao mau tempo, e mais tarde na exposição estática. À noite durante o encerramento, digo "patuscada", podemos confraternizar com a malta portuguesa e grega e eu que o diga, para conseguir um patch original de um dos pilotos gregos tive um bocado de trabalho, inicialmente foi um "não" claro, mas como tinha umas senhas de IMPERIAL, já estão a ver o filme, certo? Não tive outra solução senão gastá-las com ele, e após uma longa conversa, tive de voltar novamente á carga, mas desta vez ouvi "Ok. George... it's yours". O resultado foi que ele ficou de rastos mas eu não fiquei muito melhor, e de regresso a casa escapei por uma unha negra a uma operação stop. Pois, ficava logo lá, por isso peço-vos
não tentem fazer isto se foram conduzir ok? prometem? Lindos meninos. E vou terminar com o facto de ter tido o privilégio de ter fotografado a descolagem dos A-7's com destino à Grécia e por sinal até esteve sol, por isso S.Pedro desta vez foi generoso comigo. Suspeito que deverá ter sido a ultima vez que aqui estiveram porque esta esquadra já está fazer a conversão para os F-16C/D Bloco 52 que os vai substituir. As imagens da descolagem e o som dos motores, foram mesmo reviver o passado, tempo ainda para uma passagem de despedida e desaparecerem definitivamente no céu. Fiquem bem. Jorge Ruivo
não tentem fazer isto se foram conduzir ok? prometem? Lindos meninos. E vou terminar com o facto de ter tido o privilégio de ter fotografado a descolagem dos A-7's com destino à Grécia e por sinal até esteve sol, por isso S.Pedro desta vez foi generoso comigo. Suspeito que deverá ter sido a ultima vez que aqui estiveram porque esta esquadra já está fazer a conversão para os F-16C/D Bloco 52 que os vai substituir. As imagens da descolagem e o som dos motores, foram mesmo reviver o passado, tempo ainda para uma passagem de despedida e desaparecerem definitivamente no céu. Fiquem bem. Jorge Ruivo
Em 1999 foi ano em que os A-7P deixaram de operar na Força Aérea Portuguesa, foram 18 anos a ver e ouvir estas máquinas por aqui. Mas 10 anos depois, os A-7 estiveram de volta, a uma que foi a sua casa, mesmo por uns dias apenas, mas tive a oportunidade de reviver aqueles tempos, um pouco longiquos, quando vinha até Monte Real para fotografar os A-7P. Duas aeronaves gregas, um A-7E e um TA-7c da esquadra 336 de Araxos, estiveram presentes no Spotterday de Monte Real, 22 de Julho, evento que foi excelentemente organizado, e que marcou as comemorações dos 50 anos da Base Aérea 5. Pena foi que o S. Pedro não ajudou, ou melhor a sua contribuição até foi grande com uma carga de água durante esse dia. Pelo menos o pessoal conseguiu fotografá-los no taxiway, uma vez que a sua missão foi cancelada devido ao mau tempo, e mais tarde na exposição estática. À noite durante o encerramento, digo "patuscada", podemos confraternizar com a malta portuguesa e grega e eu que o diga, para conseguir um patch original de um dos pilotos gregos tive um bocado de trabalho, inicialmente foi um "não" claro, mas como tinha umas senhas de IMPERIAL, já estão a ver o filme, certo? Não tive outra solução senão gastá-las com ele, e após uma longa conversa, tive de voltar novamente á carga, mas desta vez ouvi "Ok. George... it's yours". O resultado foi que ele ficou de rastos mas eu não fiquei muito melhor, e de regresso a casa escapei por uma unha negra a uma operação stop. Pois, ficava logo lá, por isso peço-vos
não tentem fazer isto se foram conduzir ok? prometem? Lindos meninos. E vou terminar com o facto de ter tido o privilégio de ter fotografado a descolagem dos A-7's com destino à Grécia e por sinal até esteve sol, por isso S.Pedro desta vez foi generoso comigo. Suspeito que deverá ter sido a ultima vez que aqui estiveram porque esta esquadra já está fazer a conversão para os F-16C/D Bloco 52 que os vai substituir. As imagens da descolagem e o som dos motores, foram mesmo reviver o passado, tempo ainda para uma passagem de despedida e desaparecerem definitivamente no céu. Fiquem bem. Jorge Ruivo
não tentem fazer isto se foram conduzir ok? prometem? Lindos meninos. E vou terminar com o facto de ter tido o privilégio de ter fotografado a descolagem dos A-7's com destino à Grécia e por sinal até esteve sol, por isso S.Pedro desta vez foi generoso comigo. Suspeito que deverá ter sido a ultima vez que aqui estiveram porque esta esquadra já está fazer a conversão para os F-16C/D Bloco 52 que os vai substituir. As imagens da descolagem e o som dos motores, foram mesmo reviver o passado, tempo ainda para uma passagem de despedida e desaparecerem definitivamente no céu. Fiquem bem. Jorge Ruivo
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
15115 - O vôo do Sabre
O Sabre volta a voar em Monte Real. Bem, esta frase é forte, marca qualquer entusiasta da aviação e deixa-o cheio de curiosidade e entusiasmo, pela tradição que lhe está patente. No inicio parecia algo utópico, mas o querer foi mais forte, as pessoas acreditaram e com grandes expectativas e bastante ansiedade desde a concepção do projecto até à sua materialização, terminava com o tão esperado voo. É real, o Sabre está de volta aos céus com a Cruz de Cristo, inserido nas comemorações dos 50 anos da Base Aérea 5 de Monte Real e apresentação durante o Spotterday em 22 de Julho. Devo ser dos poucos spotters senão o único que ainda fotografei os velhinhos e saudosos F-86 Sabre, numa altura em que não havia rede de protecção o que facilitava as máquinas sem as actuais objectivas. Uma grande diferença como se obtinha as fotos, hoje estamos no local e com o zoom da máquina vamos buscar a melhor perspectiva da descolagem, do low pass e da aterragem, naquela altura, sem rede, avançávamos no terreno por entre as moitas e tojos, sem sermos vistos e era ver quem conseguia a foto mais perto sem ser apanhado. Eu sei que existem aqui alguns amigos que por aqui passam e que me acompanhavam nessa actividade "radical" e cheia de adrenalina, certo pessoal? É, só eu é que mantive esta paixão.
Mas vou voltar ao tema, para recordar os diversos passos, o inicio do ano onde estive presente na reunião onde foi apresentado o projecto da autoria do Miguel Amaral, na minha opinião, um génio e o trabalho está á vista, o tempo que mediou até
ser aprovado pela FAP, seguiu-se a fase de implementação e o tão esperado voo. Parecia uma eternidade, que nunca mais acabava, mas que ao vê-lo voar me vieram á memória uma serie de recordações e sentimentalismos e que passaram na realidade 30 anos. Devo confessar que este F-16A, o 15115, que "carrega" o Sabre, é o mais bonito que já alguma vez vi, não foram tão poucos quanto isso, e é bastante fotogénico como podem comprovar pelas fotos que junto. Existem ainda 2 momentos que não vou esquecer, o
privilégio que tive de ouvir, descritos na 1ª pessoa, pelo Falcão-Mor TC Rocha, as sensações e momentos vividos durante esse voo, foi fantástico e o outro momento foi o facto de me aperceber que os militares de Monte Real, são realmente uma equipa espectacular, fazendo jus ao seu lema, "Alcança quem não cansa", os meus parabéns a todos. Sinto-me um priviligiado por estar tão próximo e conhecer tantos elementos desta excelente equipa. Fiquem bem. Jorge Ruivo
Mas vou voltar ao tema, para recordar os diversos passos, o inicio do ano onde estive presente na reunião onde foi apresentado o projecto da autoria do Miguel Amaral, na minha opinião, um génio e o trabalho está á vista, o tempo que mediou até
ser aprovado pela FAP, seguiu-se a fase de implementação e o tão esperado voo. Parecia uma eternidade, que nunca mais acabava, mas que ao vê-lo voar me vieram á memória uma serie de recordações e sentimentalismos e que passaram na realidade 30 anos. Devo confessar que este F-16A, o 15115, que "carrega" o Sabre, é o mais bonito que já alguma vez vi, não foram tão poucos quanto isso, e é bastante fotogénico como podem comprovar pelas fotos que junto. Existem ainda 2 momentos que não vou esquecer, o
privilégio que tive de ouvir, descritos na 1ª pessoa, pelo Falcão-Mor TC Rocha, as sensações e momentos vividos durante esse voo, foi fantástico e o outro momento foi o facto de me aperceber que os militares de Monte Real, são realmente uma equipa espectacular, fazendo jus ao seu lema, "Alcança quem não cansa", os meus parabéns a todos. Sinto-me um priviligiado por estar tão próximo e conhecer tantos elementos desta excelente equipa. Fiquem bem. Jorge Ruivo
O Sabre volta a voar em Monte Real. Bem, esta frase é forte, marca qualquer entusiasta da aviação e deixa-o cheio de curiosidade e entusiasmo, pela tradição que lhe está patente. No inicio parecia algo utópico, mas o querer foi mais forte, as pessoas acreditaram e com grandes expectativas e bastante ansiedade desde a concepção do projecto até à sua materialização, terminava com o tão esperado voo. É real, o Sabre está de volta aos céus com a Cruz de Cristo, inserido nas comemorações dos 50 anos da Base Aérea 5 de Monte Real e apresentação durante o Spotterday em 22 de Julho. Devo ser dos poucos spotters senão o único que ainda fotografei os velhinhos e saudosos F-86 Sabre, numa altura em que não havia rede de protecção o que facilitava as máquinas sem as actuais objectivas. Uma grande diferença como se obtinha as fotos, hoje estamos no local e com o zoom da máquina vamos buscar a melhor perspectiva da descolagem, do low pass e da aterragem, naquela altura, sem rede, avançávamos no terreno por entre as moitas e tojos, sem sermos vistos e era ver quem conseguia a foto mais perto sem ser apanhado. Eu sei que existem aqui alguns amigos que por aqui passam e que me acompanhavam nessa actividade "radical" e cheia de adrenalina, certo pessoal? É, só eu é que mantive esta paixão.
Mas vou voltar ao tema, para recordar os diversos passos, o inicio do ano onde estive presente na reunião onde foi apresentado o projecto da autoria do Miguel Amaral, na minha opinião, um génio e o trabalho está á vista, o tempo que mediou até
ser aprovado pela FAP, seguiu-se a fase de implementação e o tão esperado voo. Parecia uma eternidade, que nunca mais acabava, mas que ao vê-lo voar me vieram á memória uma serie de recordações e sentimentalismos e que passaram na realidade 30 anos. Devo confessar que este F-16A, o 15115, que "carrega" o Sabre, é o mais bonito que já alguma vez vi, não foram tão poucos quanto isso, e é bastante fotogénico como podem comprovar pelas fotos que junto. Existem ainda 2 momentos que não vou esquecer, o
privilégio que tive de ouvir, descritos na 1ª pessoa, pelo Falcão-Mor TC Rocha, as sensações e momentos vividos durante esse voo, foi fantástico e o outro momento foi o facto de me aperceber que os militares de Monte Real, são realmente uma equipa espectacular, fazendo jus ao seu lema, "Alcança quem não cansa", os meus parabéns a todos. Sinto-me um priviligiado por estar tão próximo e conhecer tantos elementos desta excelente equipa. Fiquem bem. Jorge Ruivo
Mas vou voltar ao tema, para recordar os diversos passos, o inicio do ano onde estive presente na reunião onde foi apresentado o projecto da autoria do Miguel Amaral, na minha opinião, um génio e o trabalho está á vista, o tempo que mediou até
ser aprovado pela FAP, seguiu-se a fase de implementação e o tão esperado voo. Parecia uma eternidade, que nunca mais acabava, mas que ao vê-lo voar me vieram á memória uma serie de recordações e sentimentalismos e que passaram na realidade 30 anos. Devo confessar que este F-16A, o 15115, que "carrega" o Sabre, é o mais bonito que já alguma vez vi, não foram tão poucos quanto isso, e é bastante fotogénico como podem comprovar pelas fotos que junto. Existem ainda 2 momentos que não vou esquecer, o
privilégio que tive de ouvir, descritos na 1ª pessoa, pelo Falcão-Mor TC Rocha, as sensações e momentos vividos durante esse voo, foi fantástico e o outro momento foi o facto de me aperceber que os militares de Monte Real, são realmente uma equipa espectacular, fazendo jus ao seu lema, "Alcança quem não cansa", os meus parabéns a todos. Sinto-me um priviligiado por estar tão próximo e conhecer tantos elementos desta excelente equipa. Fiquem bem. Jorge Ruivo
domingo, 28 de junho de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Meu ídolo dos F-86
Pois é meus amigos, é mesmo como leram no titulo, nos finais da década de 70, eu tinha um ídolo que era piloto de F-86, seu nome Capitão Roda. Foi nessa altura que eu iniciei a minha paixão pela aviação, no ano de 1979. Lembro-me que esteve cá uma esquadra de F-104 Belgas num exchange com a Esquadra 201 e meus caros
o "barulhinho" daqueles motores diferentes, era algo de estrondoso e não deixava de passar despercebido. Na escola eu tinha um amigo cujo pai era controlador aéreo na BA5 e estava constantemente a bombardear-nos com as estórias espectaculares que tinham sempre em comum o piloto, Capitão Roda. Apartir daí, digo-vos, sempre que víamos um F-86 numa manobra "diferente" do habitual dizíamos logo que só podia ser o Cap. Roda, isto mesmo sem o conhecer. E acontece que em 2009, trinta anos depois, tive o privilégio de o conhecer pessoalmente através dos contactos de um grande amigo meu. Tive a oportunidade de estar com ele, contar-lhe que era seu fã, que adorava ir a Monte Real ver todo a movimentação aérea daquela altura (F-86 T-33 e T-38), ouvi
as suas estórias maravilhosas da aviação daquela altura, missões, voos de testes, relatos ainda de voos no ultramar, esclarecer certas duvidas sobre momentos históricos, muitas histórias sobre a performance do F-86, percebi que o homem e a máquina eram um só, digo-vos, fiquei maravilhado. O Capitão Roda tem cerca de 2.000 horas de F-84, 3.500 horas de F-86 ( piloto de testes e demonstração), 1.500 horas em Fiat G 91 e aproximadamente 1.000 horas em T-38, entre outros como o FTB 337, Beechcraft, DO-27, Piper etc etc. Foi um dos últimos pilotos a voar o F-86, e que acabou por se retirar da FAP por volta do ano de 1982, enveredando por uma carreira na aviação civil. Tive a oportunidade de ler a sua caderneta de voo, e ver os voos do ano de 1979, ano esse em que comecei a ir de bicicleta atá Monte Real e tirar as primeiras chapas a preto e branco, possivelmente deve estar em alguma delas. Vou ilustrar este momento com umas fotos gentilmente cedidas pelo Capitão que me autorizou a colocá-las aqui, com algumas minhas tiradas nessa altura. Em jeito de conclusão e para terminar repito que fiquei maravilhado e desde já um muito obrigado Sr. Capitão pela simplicidade e amabilidade com que me tratou, a abertura para estes momentos que foram para mim algo de muito extraordinário. É muito bonito fazermos novos amigos, mas deste calibre e com toda esta história que orgulhosamente vos acabo de contar, é algo que não vou esquecer nunca. Este ano de 2009 está a ser soberbo e ainda nem vai a meio. Fiquem bem. Grande abraço. Jorge Ruivo
o "barulhinho" daqueles motores diferentes, era algo de estrondoso e não deixava de passar despercebido. Na escola eu tinha um amigo cujo pai era controlador aéreo na BA5 e estava constantemente a bombardear-nos com as estórias espectaculares que tinham sempre em comum o piloto, Capitão Roda. Apartir daí, digo-vos, sempre que víamos um F-86 numa manobra "diferente" do habitual dizíamos logo que só podia ser o Cap. Roda, isto mesmo sem o conhecer. E acontece que em 2009, trinta anos depois, tive o privilégio de o conhecer pessoalmente através dos contactos de um grande amigo meu. Tive a oportunidade de estar com ele, contar-lhe que era seu fã, que adorava ir a Monte Real ver todo a movimentação aérea daquela altura (F-86 T-33 e T-38), ouvi
as suas estórias maravilhosas da aviação daquela altura, missões, voos de testes, relatos ainda de voos no ultramar, esclarecer certas duvidas sobre momentos históricos, muitas histórias sobre a performance do F-86, percebi que o homem e a máquina eram um só, digo-vos, fiquei maravilhado. O Capitão Roda tem cerca de 2.000 horas de F-84, 3.500 horas de F-86 ( piloto de testes e demonstração), 1.500 horas em Fiat G 91 e aproximadamente 1.000 horas em T-38, entre outros como o FTB 337, Beechcraft, DO-27, Piper etc etc. Foi um dos últimos pilotos a voar o F-86, e que acabou por se retirar da FAP por volta do ano de 1982, enveredando por uma carreira na aviação civil. Tive a oportunidade de ler a sua caderneta de voo, e ver os voos do ano de 1979, ano esse em que comecei a ir de bicicleta atá Monte Real e tirar as primeiras chapas a preto e branco, possivelmente deve estar em alguma delas. Vou ilustrar este momento com umas fotos gentilmente cedidas pelo Capitão que me autorizou a colocá-las aqui, com algumas minhas tiradas nessa altura. Em jeito de conclusão e para terminar repito que fiquei maravilhado e desde já um muito obrigado Sr. Capitão pela simplicidade e amabilidade com que me tratou, a abertura para estes momentos que foram para mim algo de muito extraordinário. É muito bonito fazermos novos amigos, mas deste calibre e com toda esta história que orgulhosamente vos acabo de contar, é algo que não vou esquecer nunca. Este ano de 2009 está a ser soberbo e ainda nem vai a meio. Fiquem bem. Grande abraço. Jorge Ruivo
Pois é meus amigos, é mesmo como leram no titulo, nos finais da década de 70, eu tinha um ídolo que era piloto de F-86, seu nome Capitão Roda. Foi nessa altura que eu iniciei a minha paixão pela aviação, no ano de 1979. Lembro-me que esteve cá uma esquadra de F-104 Belgas num exchange com a Esquadra 201 e meus caros
o "barulhinho" daqueles motores diferentes, era algo de estrondoso e não deixava de passar despercebido. Na escola eu tinha um amigo cujo pai era controlador aéreo na BA5 e estava constantemente a bombardear-nos com as estórias espectaculares que tinham sempre em comum o piloto, Capitão Roda. Apartir daí, digo-vos, sempre que víamos um F-86 numa manobra "diferente" do habitual dizíamos logo que só podia ser o Cap. Roda, isto mesmo sem o conhecer. E acontece que em 2009, trinta anos depois, tive o privilégio de o conhecer pessoalmente através dos contactos de um grande amigo meu. Tive a oportunidade de estar com ele, contar-lhe que era seu fã, que adorava ir a Monte Real ver todo a movimentação aérea daquela altura (F-86 T-33 e T-38), ouvi
as suas estórias maravilhosas da aviação daquela altura, missões, voos de testes, relatos ainda de voos no ultramar, esclarecer certas duvidas sobre momentos históricos, muitas histórias sobre a performance do F-86, percebi que o homem e a máquina eram um só, digo-vos, fiquei maravilhado. O Capitão Roda tem cerca de 2.000 horas de F-84, 3.500 horas de F-86 ( piloto de testes e demonstração), 1.500 horas em Fiat G 91 e aproximadamente 1.000 horas em T-38, entre outros como o FTB 337, Beechcraft, DO-27, Piper etc etc. Foi um dos últimos pilotos a voar o F-86, e que acabou por se retirar da FAP por volta do ano de 1982, enveredando por uma carreira na aviação civil. Tive a oportunidade de ler a sua caderneta de voo, e ver os voos do ano de 1979, ano esse em que comecei a ir de bicicleta atá Monte Real e tirar as primeiras chapas a preto e branco, possivelmente deve estar em alguma delas. Vou ilustrar este momento com umas fotos gentilmente cedidas pelo Capitão que me autorizou a colocá-las aqui, com algumas minhas tiradas nessa altura. Em jeito de conclusão e para terminar repito que fiquei maravilhado e desde já um muito obrigado Sr. Capitão pela simplicidade e amabilidade com que me tratou, a abertura para estes momentos que foram para mim algo de muito extraordinário. É muito bonito fazermos novos amigos, mas deste calibre e com toda esta história que orgulhosamente vos acabo de contar, é algo que não vou esquecer nunca. Este ano de 2009 está a ser soberbo e ainda nem vai a meio. Fiquem bem. Grande abraço. Jorge Ruivo
o "barulhinho" daqueles motores diferentes, era algo de estrondoso e não deixava de passar despercebido. Na escola eu tinha um amigo cujo pai era controlador aéreo na BA5 e estava constantemente a bombardear-nos com as estórias espectaculares que tinham sempre em comum o piloto, Capitão Roda. Apartir daí, digo-vos, sempre que víamos um F-86 numa manobra "diferente" do habitual dizíamos logo que só podia ser o Cap. Roda, isto mesmo sem o conhecer. E acontece que em 2009, trinta anos depois, tive o privilégio de o conhecer pessoalmente através dos contactos de um grande amigo meu. Tive a oportunidade de estar com ele, contar-lhe que era seu fã, que adorava ir a Monte Real ver todo a movimentação aérea daquela altura (F-86 T-33 e T-38), ouvi
as suas estórias maravilhosas da aviação daquela altura, missões, voos de testes, relatos ainda de voos no ultramar, esclarecer certas duvidas sobre momentos históricos, muitas histórias sobre a performance do F-86, percebi que o homem e a máquina eram um só, digo-vos, fiquei maravilhado. O Capitão Roda tem cerca de 2.000 horas de F-84, 3.500 horas de F-86 ( piloto de testes e demonstração), 1.500 horas em Fiat G 91 e aproximadamente 1.000 horas em T-38, entre outros como o FTB 337, Beechcraft, DO-27, Piper etc etc. Foi um dos últimos pilotos a voar o F-86, e que acabou por se retirar da FAP por volta do ano de 1982, enveredando por uma carreira na aviação civil. Tive a oportunidade de ler a sua caderneta de voo, e ver os voos do ano de 1979, ano esse em que comecei a ir de bicicleta atá Monte Real e tirar as primeiras chapas a preto e branco, possivelmente deve estar em alguma delas. Vou ilustrar este momento com umas fotos gentilmente cedidas pelo Capitão que me autorizou a colocá-las aqui, com algumas minhas tiradas nessa altura. Em jeito de conclusão e para terminar repito que fiquei maravilhado e desde já um muito obrigado Sr. Capitão pela simplicidade e amabilidade com que me tratou, a abertura para estes momentos que foram para mim algo de muito extraordinário. É muito bonito fazermos novos amigos, mas deste calibre e com toda esta história que orgulhosamente vos acabo de contar, é algo que não vou esquecer nunca. Este ano de 2009 está a ser soberbo e ainda nem vai a meio. Fiquem bem. Grande abraço. Jorge Ruivo
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