No dia 31 de julho de 1980, a Força Aérea Portuguesa (FAP) realizou o último voo operacional do North American F‑86F Sabre, pondo fim a mais de duas décadas de serviço desta lendária aeronave de caça à defesa do espaço aéreo nacional.
As Esquadras “Sabre”
Ao longo da
sua carreira na FAP, o F‑86F foi operado por duas esquadras:
Esquadra 51
“Falcões”, criada em
1958, que viria a sofrer em 1978 uma reestruturação, passando a designar‑se Esquadra
201;
Esquadra 52
“Galos”, ativada em
1959 e desativada já em 1961, sendo a única outra unidade a voar o Sabre em
Portugal
Durante os 23
anos de operações (1957–1980), a frota de F‑86F acumulou cerca de 60.000
horas de voo, cumprindo missões de defesa aérea, patrulha, interdição e
treino no teatro ultramarino
O Voo de Despedida
Na tarde de
31 de julho, dois Sabres (matrículas 5347 e 5360) descolaram de
Monte Real em voo de homenagem. Pilotados pelo Tenente‑Coronel Victor Silva
e pelo Capitão Roda, sobrevoaram todas as unidades da FAP, saindo do ar
às 16h10, após cerca de 1h25m de voo de despedida.
Monumento e Legado
Como testemunho da importância do Sabre para a FAP, ergueu‑se junto à antiga porta de armas da Base Aérea n.º 5 um monumento ao F‑86, onde hoje se presta homenagem aos pilotos, mecânicos e a todos que mantiveram viva a chama deste “Rei dos Céus” até ao seu derradeiro voo.
O F‑86F
Sabre encerrou o seu ciclo em Portugal como o último utilizador do Sabre na
NATO, deixando um legado de profissionalismo, inovação e dedicação que
ainda hoje inspira as gerações de aviadores da Força Aérea Portuguesa.
Foi um avião que ficou marcado para sempre na minha memória, lembro-me que foi nessa altura que iniciei o meu gosto pela aviação e também pela fotografia e as fotos a preto e branco foram as primeiras que tirei, corria então o ano de 1979. Fiquem bem, Jorge Ruivo.

























