quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

CannonTwo

Finalmente decidi-me a criar um blog. E em 2009 porquê? porque faço 30 anos que dedico ao meu hobby preferido, a fotografia de Aviões Militares, especialmente a aviões da Força Aérea Portuguesa. Vivo perto de Monte Real e por aí comecei a fotografar os F-86 ainda a preto e branco, T-38, depois os A-7P e actualmente e mais intensamente os F-16. Sendo o momento de abertura algo de importante, julgo que vou começar por uma reportagem que me marcará para sempre, o meu voo de F-16, inesquécivel e uma loucura tremenda. Após varias tentativas e uns anitos, lá veio a tão desejada autorização da Força Aérea e como uma pessoa amiga me costuma referir, nas situações bem difíceis o "não" está sempre garantido. Parecia um dia normal de spotting, levantar cedo, levar os míudos á escola e seguir para Monte Real, mas desta vez era diferente, chegada à porta de armas, seguir para a Esquadra 201, preparativos, parecia que estava a viver um SONHO e só acreditei mesmo quando ouvi nos comunicadores do capacete "Canon Two, Runway 01, Clear to take off" (a frase mágica), seguido de full afterburn, e após uns metros aí estava o trem de aterragem a ser recolhido e o Jorge no ar a bordo de um dos melhores caças do mundo Uma loouuuucuuura. Estava mesmo a concretizar o meu maior sonho... ser piloto de caça, mesmo por 1 dia apenas. Sofri no corpo os efeitos das forças G's, super desgastantes, mas seguindo as indicações do briefing antes do voo, foram sempre superadas. Fui integrado numa missão militar por cima do mar, mas estava sempre a ver as zonas da costa entre Aveiro e Figueira da Foz e a pior parte foi mesmo quando o piloto me informou que estava na hora de regressar, 1 hora e 51 minutos no ar e 8.4G's no pêlo. Foi uma loucura.
Ficará para sempre gravada no meu "disco rígido" os momento vividos, que de momentos Zen não tiveram nada ( aprendi esta há poucos dias) já que emagreci uns 2 quilos até voltar a pôr os pés de novo no chão. Dou agora muito mais valor a quem anda lá em cima a defender os nossos céus, além da preparação intelectual, a física também não se pode descurar, digamos que não será para "super-homens", mas quase. Não queria acabar sem deixar um agradecimento a toda a Esquadra 201 pela forma magnífica como me integraram e me deixaram sonhar como um Falcão, afinal de contas fotografo-os à 30 anos. Sem esquecer também os meus amigos Rui Bruno, Marcos Figueiredo e Álvaro Gonçalves que me proporcionaram a reportagem do exterior do F-16B 15119, para mim agora o melhor avião do mundo. A titulo de conclusão não queria deixar de referir quais foram que os três momentos altos deste voo: 1- a autorização para descolar (essa frase mágica já referida em cima); 2- as forças G's e finalmente 3- ver os meus pais no exterior da Base a acenarem para o 15119, quando rolava no topo norte. Depois destas palavras, vá, pensam vocês: Ei, Jorge? Jorge? Acorda... não meus caros não foi sonho, foi mesmo REALIDADE. E termino utilizando uma expressão do meu amigo António "04" Luís, o gostar de aviões é mesmo uma religião. Jorge Ruivo
























































































Finalmente decidi-me a criar um blog. E em 2009 porquê? porque faço 30 anos que dedico ao meu hobby preferido, a fotografia de Aviões Militares, especialmente a aviões da Força Aérea Portuguesa. Vivo perto de Monte Real e por aí comecei a fotografar os F-86 ainda a preto e branco, T-38, depois os A-7P e actualmente e mais intensamente os F-16. Sendo o momento de abertura algo de importante, julgo que vou começar por uma reportagem que me marcará para sempre, o meu voo de F-16, inesquécivel e uma loucura tremenda. Após varias tentativas e uns anitos, lá veio a tão desejada autorização da Força Aérea e como uma pessoa amiga me costuma referir, nas situações bem difíceis o "não" está sempre garantido. Parecia um dia normal de spotting, levantar cedo, levar os míudos á escola e seguir para Monte Real, mas desta vez era diferente, chegada à porta de armas, seguir para a Esquadra 201, preparativos, parecia que estava a viver um SONHO e só acreditei mesmo quando ouvi nos comunicadores do capacete "Canon Two, Runway 01, Clear to take off" (a frase mágica), seguido de full afterburn, e após uns metros aí estava o trem de aterragem a ser recolhido e o Jorge no ar a bordo de um dos melhores caças do mundo Uma loouuuucuuura. Estava mesmo a concretizar o meu maior sonho... ser piloto de caça, mesmo por 1 dia apenas. Sofri no corpo os efeitos das forças G's, super desgastantes, mas seguindo as indicações do briefing antes do voo, foram sempre superadas. Fui integrado numa missão militar por cima do mar, mas estava sempre a ver as zonas da costa entre Aveiro e Figueira da Foz e a pior parte foi mesmo quando o piloto me informou que estava na hora de regressar, 1 hora e 51 minutos no ar e 8.4G's no pêlo. Foi uma loucura.
Ficará para sempre gravada no meu "disco rígido" os momento vividos, que de momentos Zen não tiveram nada ( aprendi esta há poucos dias) já que emagreci uns 2 quilos até voltar a pôr os pés de novo no chão. Dou agora muito mais valor a quem anda lá em cima a defender os nossos céus, além da preparação intelectual, a física também não se pode descurar, digamos que não será para "super-homens", mas quase. Não queria acabar sem deixar um agradecimento a toda a Esquadra 201 pela forma magnífica como me integraram e me deixaram sonhar como um Falcão, afinal de contas fotografo-os à 30 anos. Sem esquecer também os meus amigos Rui Bruno, Marcos Figueiredo e Álvaro Gonçalves que me proporcionaram a reportagem do exterior do F-16B 15119, para mim agora o melhor avião do mundo. A titulo de conclusão não queria deixar de referir quais foram que os três momentos altos deste voo: 1- a autorização para descolar (essa frase mágica já referida em cima); 2- as forças G's e finalmente 3- ver os meus pais no exterior da Base a acenarem para o 15119, quando rolava no topo norte. Depois destas palavras, vá, pensam vocês: Ei, Jorge? Jorge? Acorda... não meus caros não foi sonho, foi mesmo REALIDADE. E termino utilizando uma expressão do meu amigo António "04" Luís, o gostar de aviões é mesmo uma religião. Jorge Ruivo