quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CannonTwo - Clear to Take Off

Pois foi um dia inesquécivel. Faz hoje precisamente 2 anos que voei num dos melhores caças do mundo. Passaram-se umas centenas largas de dias, mas ainda hoje sinto que parece que foi ontem. Foi um bastante violento do ponto de vista físico, quase 2 horas sempre a "dar-lhe" e depois ainda se seguiu uma aula de ginásio durante 45 minutos. Mas antes, muito importante, o almoço foi uma feijoada á transmontana...sim para ir bem compostinho lápara cima. Ah! Também importante, não esqueço o facto de ter 2 amigos nos locais habituais a fotografar-me, a eles, Álvaro Gonçalves e Marcos Figueiredo, o meu especial agradecimento, pelo facto de me poder ver nas suas fotos. A manhã foi passada a ajustar o equipamento de voo e o briefing de "back seat", nada mais que diversos procedimentos de segurança esobrevivência, de tarde foi a missão, um voo de 1 hora e 51 minutos. A sensação de estar no ar, a bordo de um F-16, um dos melhores caças do mundo e mesmo indescritível, pelo menos para mim, que estava a concretizar um sonho. Eu tentava absorver tudo ao mesmo tempo, sensação de estar no ar, a visão, olhar para qualquer lado da "bolha de vidro" e ver bem, tudo áminha volta, o mar a terra, é que tinha plena consciência que ia ser apenas um momento e tinha de aproveitar ao máximo tudo. Digamos que 1 segundo real deveria corresponder a 1 minuto do meu sonho. Relativamente ao que passei lá em cima, digamos que as forças G's, foram sem dúvida alguma algo que nunca imaginei ter como sensação. O que me aconteceu foi quehavia ali algo que me "esborrachava" na cadeira, eu reagia da forma que me ensinaram no briefing, contendo a respiração, contar até 3 e expirar de uma só vez e inspirar de novo. Simultâneamente tinha de fazer força nas pernas para contrair os músculos e isto originava que o cerebro não deixasse de receber sangue e me manteria "acordado".Sim eu cheguei aos 8,5 G's e não me apaguei. Outra situação diferente foi a sensação de velocidade, que não teve nada de especial, apenas quando descolei em full-afterburn, aí sim, parecia de tinha levado um pontapé, mas digo-vos que era aventura para repetir. Outro aspecto, foi o facto de ter efectuado as mesmas manobras no F-16 de que eu gosto defotografar quando tenho os pés no chão. Hoje quando estou em Monte Real a fotografar nos locais de spotting, e passa um F-16, que eu não paro de fotografar, penso sempre: - já fiz aquela manobra e sei qual é a sensação que o piloto está a passar. Este momento ficará para sempre marcado em mim, como já disse anteriormente, porque não é todos os dias que se concretiza um sonho. Fiquem bem, Jorge Ruivo
Pois foi um dia inesquécivel. Faz hoje precisamente 2 anos que voei num dos melhores caças do mundo. Passaram-se umas centenas largas de dias, mas ainda hoje sinto que parece que foi ontem. Foi um bastante violento do ponto de vista físico, quase 2 horas sempre a "dar-lhe" e depois ainda se seguiu uma aula de ginásio durante 45 minutos. Mas antes, muito importante, o almoço foi uma feijoada á transmontana...sim para ir bem compostinho lápara cima. Ah! Também importante, não esqueço o facto de ter 2 amigos nos locais habituais a fotografar-me, a eles, Álvaro Gonçalves e Marcos Figueiredo, o meu especial agradecimento, pelo facto de me poder ver nas suas fotos. A manhã foi passada a ajustar o equipamento de voo e o briefing de "back seat", nada mais que diversos procedimentos de segurança esobrevivência, de tarde foi a missão, um voo de 1 hora e 51 minutos. A sensação de estar no ar, a bordo de um F-16, um dos melhores caças do mundo e mesmo indescritível, pelo menos para mim, que estava a concretizar um sonho. Eu tentava absorver tudo ao mesmo tempo, sensação de estar no ar, a visão, olhar para qualquer lado da "bolha de vidro" e ver bem, tudo áminha volta, o mar a terra, é que tinha plena consciência que ia ser apenas um momento e tinha de aproveitar ao máximo tudo. Digamos que 1 segundo real deveria corresponder a 1 minuto do meu sonho. Relativamente ao que passei lá em cima, digamos que as forças G's, foram sem dúvida alguma algo que nunca imaginei ter como sensação. O que me aconteceu foi quehavia ali algo que me "esborrachava" na cadeira, eu reagia da forma que me ensinaram no briefing, contendo a respiração, contar até 3 e expirar de uma só vez e inspirar de novo. Simultâneamente tinha de fazer força nas pernas para contrair os músculos e isto originava que o cerebro não deixasse de receber sangue e me manteria "acordado".Sim eu cheguei aos 8,5 G's e não me apaguei. Outra situação diferente foi a sensação de velocidade, que não teve nada de especial, apenas quando descolei em full-afterburn, aí sim, parecia de tinha levado um pontapé, mas digo-vos que era aventura para repetir. Outro aspecto, foi o facto de ter efectuado as mesmas manobras no F-16 de que eu gosto defotografar quando tenho os pés no chão. Hoje quando estou em Monte Real a fotografar nos locais de spotting, e passa um F-16, que eu não paro de fotografar, penso sempre: - já fiz aquela manobra e sei qual é a sensação que o piloto está a passar. Este momento ficará para sempre marcado em mim, como já disse anteriormente, porque não é todos os dias que se concretiza um sonho. Fiquem bem, Jorge Ruivo

2 comentários:

  1. Pelo que já li, ficou mesmo marcado esse momento. Também, nem outra coisa seria de esperar. Jorge Ruivo é um sortudo. Abc Vitor Miguel

    ResponderEliminar
  2. Devo dar-lhe os parabéns pela experiência que qualquer entusiasta da aviação sonha ter.
    Gostei dos pormenores físicos descritos quando se vai a bordo de um F-16.
    Abraço.
    João Barros

    ResponderEliminar