Os caças F-16 da Força Aérea Portuguesa, atualmente destacados na Estónia, realizaram entre 26 de maio e 1 de junho aproximadamente 20 interseções de aeronaves, a parelha de F-16M que se encontrava de alerta descolou diariamente, tendo registado o maior número de interseções num só dia, mais de cinco em 27 de maio.
Esta missão, no âmbito da missão da NATO de policiamento aéreo do Báltico, tem como objetivo garantir a segurança do espaço aéreo dos países bálticos — Estónia, Letónia e Lituânia — que, por não possuírem capacidade aérea própria de defesa, contam com o apoio rotativo dos aliados da Aliança Atlântica.
As interceções ocorreram sobretudo sobre o mar Báltico, em espaço aéreo internacional, envolvendo aeronaves russas que voavam sem plano de voo ou sem contacto com os controladores de tráfego aéreo, uma prática considerada de risco para a segurança da navegação aérea. Nessas situações, os F-16 portugueses são ativados para identificar visualmente as aeronaves e garantir que estas não representam uma ameaça.
As Forças Armadas Portuguesas destacaram um contingente de cerca de 90 militares e quatro caças F-16 para a base aérea de Ämari, na Estónia, onde permanecem por um período de quatro meses. Esta é a quinta vez que Portugal participa nesta missão da NATO no Báltico, reforçando o compromisso com a segurança coletiva da Aliança Atlântica, particularmente num contexto de tensões acrescidas com a Rússia desde a invasão da Ucrânia em 2022.
O Ministério da Defesa Nacional sublinhou que todas as interceções decorreram de forma segura e profissional, respeitando as normas internacionais de aviação e contribuindo para a estabilidade na região. Esta presença portuguesa é vista como um sinal claro de solidariedade entre os aliados da NATO e de dissuasão face a comportamentos potencialmente provocatórios no flanco leste da Europa.
Fonte e Fotos; FAP e CEMGFA
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