A Força Aérea Portuguesa concluiu a sua participação na operação europeia de vigilância marítima no Mediterrâneo, regressando à Base Aérea Nº 6, no Montijo, após mais de oito meses de missão ao serviço da FRONTEX. O destacamento, composto por militares da Esquadra 502 “Elefantes” e um avião C-295M, cumpriu uma operação contínua entre 19 de março e 26 de novembro, integrada na Joint Operation Índalo.
Durante este período, a aeronave portuguesa acumulou cerca de 380 horas de voo e detetou mais de 21 700 contactos marítimos, um número que evidencia a importância estratégica da vigilância aérea na região. Destes, quase 600 foram classificados como contactos “de interesse”, envolvendo ações ligadas à prevenção de migração irregular, tráfico de pessoas e de armas, contrabando, tráfico de droga e outras atividades ilegais que afetam a segurança europeia.
A missão teve igualmente um forte impacto humanitário. Foram identificados dez eventos de migração irregular, envolvendo aproximadamente 160 pessoas a bordo de embarcações frágeis, contribuindo para a salvaguarda de vidas e para o reforço da resposta europeia à crise migratória.
Na cerimónia de receção da força destacada, o Comandante Aéreo, Sérgio Pereira, elogiou a competência e o profissionalismo das equipas envolvidas, sublinhando que os militares “cumpriram a missão com coragem e determinação, elevando o nome da Força Aérea e de Portugal”.
Com uma presença contínua na JO INDALO desde 2011, a Força Aérea Portuguesa mantém um papel relevante nesta operação internacional, tendo ajudado a identificar mais de 12 000 migrantes ao longo dos últimos 15 anos. A missão agora concluída reforça a capacidade nacional de projeção, cooperação europeia e contributo decisivo para a segurança marítima no Mediterrâneo.
Fonte e Fotos: FAP



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