quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

F-16 BM 15140

28 de Janeiro será sempre uma data que fará parte dos meus momentos inesquéciveis. Faz hoje precisamente 2 anos que eu presenciei uma ejecção num F-16 e como se isso já não bastasse, uns minutos depois estava eu a falar com o piloto, TC Pereira, então comandante da Esquadra 301. Um dia que também não se irá apagar do meu "disco rígido". Parecia um dia normal de spotting em Monte Real, mas ia levar uma volta de 180 graus, curiosamente também cá estava uma esquadra de F-16 Dinamarqueses, mas parecia que havia algo no ar e eu não lhes dei atenção nenhuma com a minha canon. Eis que de repente surge no meu horizonte a silhueta caracteristica de um voo de teste, mais um MLU acabadinho de sair da "fábrica", o relógio marcava 13:05:17, eu estava posicionado, lateralmente, na zona da rotação favorável ao sol, em que o F-16 sobe á vertical em full afterburn. Disparei continuamente tentando enquadrar o avião no máximo zoom, canja para quem já está habituado a estas andanças eh eh eh. É um momento muito rápido, dada a velocidade o avião desaparece logo, fiquem a saber que demora tanto como um estalar de dedos. Até aqui tudo normal, segui para um almoço em 10 minutos, voltei ao local para tentar fotografar o close do touch and go, seguido da passagem tradicional pelo hangar da Doca 4, que significa que o avião está operacional. Mas desta vez ia ser diferente, comecei a ouvir um ruído de motor mas em vez de ser o habitual som, não, não era, era bem diferente, como se estivessem a dar e a tirar potencia ao motor. Eu estava no topo norte e o 15140 vinha na final da 01, nessa fase inicial eu não tenho visibilidade do avião, devidos aos pinheiros, e quando o vejo, está desalinhado com a pista 01 a direccionar-se para o lado direito da Base. Pensei, mas que raio de manobras são aquelas? Longe de mim de pensar numa falha, o F-16 tanto ficava na horizontal como de repente se colocava na vertical (ou quase), já vi dezenas de demos de F-16, mas aquilo não se parecia com nada. Para se situarem, a trajectória do avião, partindo da final da 01, começou a voltar á direita, numa trajectória inconstante, devido á falta de controlo que se notava e descreveu +- uma volta a 270 graus a subir ligeiramente, ficando direccionado para o mar, por cima das povoações do Casal Novo/Coucinheira, toda esta manobra foi efectuada por cima das povoações, eu estaria a uns 4/5 Km e como era longe, utilizei o zoom da maquina para ver melhor, foi então que vi uma explosão no cockpit, a canopy a saltar e numa fracção de segundos a ejecção do piloto 13:43:05. Naquele momento disparei a máquina mas estava em off e gesto de a ligar, não deu para captar esse momento. 9 segundos depois o avião já não estava a voar e havia um para quedas no ar. A minha leitura do momento foi esta, um acto de bravura do piloto atendendo a: avião fora de controlo, por cima de povoações, ejecção e avião caiu no pinhal e nenhuma fatalidade. Estava um pouco nervoso, tinha acabado de ver uma ejecção, não estava ainda a acreditar, parecia um filme, mas era a realidade. Então tomei a decisão, errada, de tentar dar com o local, mas como a estrada já estava cortada pelos militares (junto do portão em que entramos na BA5 para o spotterday), voltei logo para trás e qual não é o meu espanto quando na estrada principal, +- na zona em frente á pista 01, vejo uma pessoa com fato de voo e capacete na mão. Parei o carro e como conhecia o TC Pereira de idas à Esquadra, fui cumprimentá-lo, lembro-me de ter dito que aquele não era o local mais indicado que eu o gostaria de cumprimentar, mas ainda bem que o estava a fazer naquele momento, era muito bom sinal. Eu é que estava mais nervoso, porque ainda não acreditava no que tinha presenciado. Claro que entreguei as fotos á Força Aérea, uns dias mais tarde na Esquadra 301, e face ao compromisso assumido documento esta história com uma foto, apenas a mais bonita. Ah! E relembro a minha leitura deste momento que testemunhei, acto de bravura, é que semanas mais tarde li na revista Mais Alto a condecoração do TC Pereira pelo seu bravo desempenho neste episódio que marcará para sempre a vida de qualquer ser humano. Um abraço ao Skeeper e ao resto do pessoal, mantenham-se por aqui, ok? Jorge Ruivo.
28 de Janeiro será sempre uma data que fará parte dos meus momentos inesquéciveis. Faz hoje precisamente 2 anos que eu presenciei uma ejecção num F-16 e como se isso já não bastasse, uns minutos depois estava eu a falar com o piloto, TC Pereira, então comandante da Esquadra 301. Um dia que também não se irá apagar do meu "disco rígido". Parecia um dia normal de spotting em Monte Real, mas ia levar uma volta de 180 graus, curiosamente também cá estava uma esquadra de F-16 Dinamarqueses, mas parecia que havia algo no ar e eu não lhes dei atenção nenhuma com a minha canon. Eis que de repente surge no meu horizonte a silhueta caracteristica de um voo de teste, mais um MLU acabadinho de sair da "fábrica", o relógio marcava 13:05:17, eu estava posicionado, lateralmente, na zona da rotação favorável ao sol, em que o F-16 sobe á vertical em full afterburn. Disparei continuamente tentando enquadrar o avião no máximo zoom, canja para quem já está habituado a estas andanças eh eh eh. É um momento muito rápido, dada a velocidade o avião desaparece logo, fiquem a saber que demora tanto como um estalar de dedos. Até aqui tudo normal, segui para um almoço em 10 minutos, voltei ao local para tentar fotografar o close do touch and go, seguido da passagem tradicional pelo hangar da Doca 4, que significa que o avião está operacional. Mas desta vez ia ser diferente, comecei a ouvir um ruído de motor mas em vez de ser o habitual som, não, não era, era bem diferente, como se estivessem a dar e a tirar potencia ao motor. Eu estava no topo norte e o 15140 vinha na final da 01, nessa fase inicial eu não tenho visibilidade do avião, devidos aos pinheiros, e quando o vejo, está desalinhado com a pista 01 a direccionar-se para o lado direito da Base. Pensei, mas que raio de manobras são aquelas? Longe de mim de pensar numa falha, o F-16 tanto ficava na horizontal como de repente se colocava na vertical (ou quase), já vi dezenas de demos de F-16, mas aquilo não se parecia com nada. Para se situarem, a trajectória do avião, partindo da final da 01, começou a voltar á direita, numa trajectória inconstante, devido á falta de controlo que se notava e descreveu +- uma volta a 270 graus a subir ligeiramente, ficando direccionado para o mar, por cima das povoações do Casal Novo/Coucinheira, toda esta manobra foi efectuada por cima das povoações, eu estaria a uns 4/5 Km e como era longe, utilizei o zoom da maquina para ver melhor, foi então que vi uma explosão no cockpit, a canopy a saltar e numa fracção de segundos a ejecção do piloto 13:43:05. Naquele momento disparei a máquina mas estava em off e gesto de a ligar, não deu para captar esse momento. 9 segundos depois o avião já não estava a voar e havia um para quedas no ar. A minha leitura do momento foi esta, um acto de bravura do piloto atendendo a: avião fora de controlo, por cima de povoações, ejecção e avião caiu no pinhal e nenhuma fatalidade. Estava um pouco nervoso, tinha acabado de ver uma ejecção, não estava ainda a acreditar, parecia um filme, mas era a realidade. Então tomei a decisão, errada, de tentar dar com o local, mas como a estrada já estava cortada pelos militares (junto do portão em que entramos na BA5 para o spotterday), voltei logo para trás e qual não é o meu espanto quando na estrada principal, +- na zona em frente á pista 01, vejo uma pessoa com fato de voo e capacete na mão. Parei o carro e como conhecia o TC Pereira de idas à Esquadra, fui cumprimentá-lo, lembro-me de ter dito que aquele não era o local mais indicado que eu o gostaria de cumprimentar, mas ainda bem que o estava a fazer naquele momento, era muito bom sinal. Eu é que estava mais nervoso, porque ainda não acreditava no que tinha presenciado. Claro que entreguei as fotos á Força Aérea, uns dias mais tarde na Esquadra 301, e face ao compromisso assumido documento esta história com uma foto, apenas a mais bonita. Ah! E relembro a minha leitura deste momento que testemunhei, acto de bravura, é que semanas mais tarde li na revista Mais Alto a condecoração do TC Pereira pelo seu bravo desempenho neste episódio que marcará para sempre a vida de qualquer ser humano. Um abraço ao Skeeper e ao resto do pessoal, mantenham-se por aqui, ok? Jorge Ruivo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Real Thaw 2010 (1)

Bem agora é que é. Uma serie de textos sem F-16? Como é que é possível. Então vamos a isto, F-16's com força. Está a decorrer o exercício militar Real Thaw 2010 e está a reunir em Monte Real F-16 Dinamarqueses, Belgas e claro os nossos. Bem tem sido uma quantidade fora do normal de missões, fazendo as delicias dos amantes da fotografia militar. O exercício decorre entre os dias 25 de Janeiro e 4 de Fevereiro de 2010 entre Monte Real e Covilhã, é um exercício planeado e conduzido pela Força Aérea Portuguesa que tem como objectivo o treino táctico. A coordenação do Real Thaw 10 é feita na Esquadra 301 "Jaguares", o que nos proporciona durante estes dias quantidade mais que suficiente para fotografarmos F-16. Está também um AWACS em Beja, e participam ainda forças Americanas, da Lituania e da Espanha. Meus amigos vamos lá rumar ao santuário do spotting militar em Portugal e espalhar por aqui e por ali as nossas excelentes fotos dos Falcões e Jaguares. Existe também a expectativa dos dois spotterday, mais um bom sintoma da abertura da Força Aérea á nossa causa, por isso vamos aproveitar porque até parece que está bom tempo. Entretanto venho á carga com updates deste tema, com novas fotos, por isso fiquem bem. Jorge Ruivo
Bem agora é que é. Uma serie de textos sem F-16? Como é que é possível. Então vamos a isto, F-16's com força. Está a decorrer o exercício militar Real Thaw 2010 e está a reunir em Monte Real F-16 Dinamarqueses, Belgas e claro os nossos. Bem tem sido uma quantidade fora do normal de missões, fazendo as delicias dos amantes da fotografia militar. O exercício decorre entre os dias 25 de Janeiro e 4 de Fevereiro de 2010 entre Monte Real e Covilhã, é um exercício planeado e conduzido pela Força Aérea Portuguesa que tem como objectivo o treino táctico. A coordenação do Real Thaw 10 é feita na Esquadra 301 "Jaguares", o que nos proporciona durante estes dias quantidade mais que suficiente para fotografarmos F-16. Está também um AWACS em Beja, e participam ainda forças Americanas, da Lituania e da Espanha. Meus amigos vamos lá rumar ao santuário do spotting militar em Portugal e espalhar por aqui e por ali as nossas excelentes fotos dos Falcões e Jaguares. Existe também a expectativa dos dois spotterday, mais um bom sintoma da abertura da Força Aérea á nossa causa, por isso vamos aproveitar porque até parece que está bom tempo. Entretanto venho á carga com updates deste tema, com novas fotos, por isso fiquem bem. Jorge Ruivo

sábado, 23 de janeiro de 2010

Treinos dos Asas - 2009

O ano de 2010 já iniciou mas vou começar por fazer uma retrospectiva, por partes, do excelente ano que foi 2009. Em Fevereiro fui pela primeira vez a Beja para fotografar o inicio dos treinos da Patrulha Asas de Portugal, o que para mim era algo de diferente, por estar mais habituado aqui a Monte Real. Fomos excelentemente recebidos na Esquadra 103 Caracóis, onde o Cmdte nos deu as boas vindas e de seguida reunimos com os dois Asas de Portugal, Maj. Videira e Cap. Ribeiro, onde falamos um pouco, colocámos umas questões ficamos a saber as intenções para o ano que estava a começar. Bem, não ocupámos muito tempo porque aquela malta tinha de trabalhar e nós ansiosos por os fotografarmos nos seus "postos de trabalho", mais conhecidos por Alpha Jet. A nossa companhia, Ten Lobo, levou-nos aos locais pedidos para fotografar, estava uma luminosidade espectacular... e já sei, como foi possível? Sim, estava um sol radioso. Aqui o Nuvem Negra estava em Beja a fotografar com sol. Acreditem que o tempo passou de tal maneira sem darmos por ele que rapidamente escureceu e chegámos ao fim do dia. Ficou combinado outra visita para voltarmos a fotografar os treinos dos Asas. Foi o que aconteceu em Maio, agora já com um treino completo. Problema desta vez é que tivemos de estar na porta de armas ás 8 horas da manhã...bem, para quem teve de fazer 3 horas de carro... foi um bocado duro, mas como diz o antigo ditado, quem corre por gosto não cansa, não custou nadinha.Como sabem, os pilotos treinam fora das horas normais das missões, então começaram o dia com um treino. Fomos colocados em situações estratégicas e lá começaram os disparos das "armas" dos fotógrafos, a luminosidade estava perfeita e obtiveram-se fotos de muito boa qualidade e praticamente de todos os ângulos possíveis, ou quase, pelo menos com os pés no chão. Antes desta ida a Beja tive ainda aoportunidade de voltar a estar com os Asas, agora em Ovar, em mais um treino agora noutro ambiente, á beira mar, com bastante humidade e mau tempo, sim, sol nem vê-lo ou não me chamo Nuvem Negra eh eh eh. Aqui houve umas passagens brutais, um treino magnifico, mas para um tecto de nuvens baixo. Realmente devo dizer-vos que fotografar um treino é muito melhor que um display num festival aéreo, obtém-se melhores fotos. Depois veio algo que eu não esperava, com tantas fotos actuais e outras mais antigas tive a sorte de algumas delas serem escolhidas para a brochura de publicidade para 2009, por isso mesmo o meu obrigado. Realmente o ano iniciou-se de forma diferente, com os treinos dos Asas, mas também tive com o Miguel Amaral na BA5 a mostrar uns desenhos dele (nem imaginava o que me esperava) e já o primeiro F-16 OCU tinha sido transformado com sucesso em MLU, sim estou a falar do 15104. Antes de terminar queria aqui deixar um agradecimento ao Maj. Videira e ao Cap Ribeiro, um muito obrigado pelo que nos proporcionaram e ao Ten. Lobo, pela paciência que teve em nos aturar. Vai ser um ano difícil de esquecer. Fiquem bem. Jorge Ruivo
O ano de 2010 já iniciou mas vou começar por fazer uma retrospectiva, por partes, do excelente ano que foi 2009. Em Fevereiro fui pela primeira vez a Beja para fotografar o inicio dos treinos da Patrulha Asas de Portugal, o que para mim era algo de diferente, por estar mais habituado aqui a Monte Real. Fomos excelentemente recebidos na Esquadra 103 Caracóis, onde o Cmdte nos deu as boas vindas e de seguida reunimos com os dois Asas de Portugal, Maj. Videira e Cap. Ribeiro, onde falamos um pouco, colocámos umas questões ficamos a saber as intenções para o ano que estava a começar. Bem, não ocupámos muito tempo porque aquela malta tinha de trabalhar e nós ansiosos por os fotografarmos nos seus "postos de trabalho", mais conhecidos por Alpha Jet. A nossa companhia, Ten Lobo, levou-nos aos locais pedidos para fotografar, estava uma luminosidade espectacular... e já sei, como foi possível? Sim, estava um sol radioso. Aqui o Nuvem Negra estava em Beja a fotografar com sol. Acreditem que o tempo passou de tal maneira sem darmos por ele que rapidamente escureceu e chegámos ao fim do dia. Ficou combinado outra visita para voltarmos a fotografar os treinos dos Asas. Foi o que aconteceu em Maio, agora já com um treino completo. Problema desta vez é que tivemos de estar na porta de armas ás 8 horas da manhã...bem, para quem teve de fazer 3 horas de carro... foi um bocado duro, mas como diz o antigo ditado, quem corre por gosto não cansa, não custou nadinha.Como sabem, os pilotos treinam fora das horas normais das missões, então começaram o dia com um treino. Fomos colocados em situações estratégicas e lá começaram os disparos das "armas" dos fotógrafos, a luminosidade estava perfeita e obtiveram-se fotos de muito boa qualidade e praticamente de todos os ângulos possíveis, ou quase, pelo menos com os pés no chão. Antes desta ida a Beja tive ainda aoportunidade de voltar a estar com os Asas, agora em Ovar, em mais um treino agora noutro ambiente, á beira mar, com bastante humidade e mau tempo, sim, sol nem vê-lo ou não me chamo Nuvem Negra eh eh eh. Aqui houve umas passagens brutais, um treino magnifico, mas para um tecto de nuvens baixo. Realmente devo dizer-vos que fotografar um treino é muito melhor que um display num festival aéreo, obtém-se melhores fotos. Depois veio algo que eu não esperava, com tantas fotos actuais e outras mais antigas tive a sorte de algumas delas serem escolhidas para a brochura de publicidade para 2009, por isso mesmo o meu obrigado. Realmente o ano iniciou-se de forma diferente, com os treinos dos Asas, mas também tive com o Miguel Amaral na BA5 a mostrar uns desenhos dele (nem imaginava o que me esperava) e já o primeiro F-16 OCU tinha sido transformado com sucesso em MLU, sim estou a falar do 15104. Antes de terminar queria aqui deixar um agradecimento ao Maj. Videira e ao Cap Ribeiro, um muito obrigado pelo que nos proporcionaram e ao Ten. Lobo, pela paciência que teve em nos aturar. Vai ser um ano difícil de esquecer. Fiquem bem. Jorge Ruivo