sábado, 16 de agosto de 2025

MAFFS II – Reforço Aéreo no Combate a Incêndios para os “Bisontes”


Quarenta anos depois da primeira experiência da Força Aérea Portuguesa (FAP) com um sistema modular de combate aéreo a incêndios, a Esquadra 501 “Bisontes” prepara-se para receber uma nova capacidade que promete alterar de forma significativa a resposta nacional a este tipo de emergências. O Modular Airborne Fire Fighting System II (MAFFS II) é um módulo de combate a incêndios florestais que, instalado num C-130H Hercules, transforma o veterano avião de transporte numa plataforma aérea polivalente, capaz de lançar mais de 13 000 litros de água ou retardante químico por missão. 

A decisão de aquisição, tomada em Conselho de Ministros em agosto de 2025, insere-se numa estratégia de reforço das capacidades nacionais de resposta a catástrofes e incêndios rurais, integrando a FAP num restrito grupo de forças aéreas que operam este sistema. 

Antecedentes Históricos

A ligação da Força Aérea ao conceito MAFFS remonta a 1983, quando um sistema MAFFS I foi instalado num C-130H da Esquadra 501. Essa capacidade manteve-se ativa durante cerca de uma década, mas o sistema acabaria por ser retirado de serviço em meados dos anos 90 e alienado entre 2009 e 2013. Durante esse período, o país recorreu sobretudo a meios civis contratados para combate a incêndios, deixando a FAP sem uma solução orgânica deste género. 

O regresso agora anunciado marca uma viragem, com a adoção da mais recente evolução tecnológica: o MAFFS II. 

O que é o MAFFS II?

O MAFFS II é um sistema roll-on/roll-off de combate aéreo a incêndios, desenvolvido para ser instalado no compartimento de carga de aeronaves de transporte militar sem necessidade de modificações estruturais permanentes. No caso português, será aplicado aos C-130H da Esquadra 501, mantendo a flexibilidade para que estas aeronaves continuem a desempenhar as suas missões habituais de transporte tático e estratégico.

Capacidade de Descarga: O MAFFS II pode lançar aproximadamente 13 000 litros de água ou retardante, um aumento significativo face à versão anterior (cerca de 10 000 litros). Esta carga é libertada em poucos segundos, cobrindo uma faixa larga de terreno e criando barreiras de contenção eficazes.

Descarga Lateral Pressurizada: Uma das inovações mais relevantes é o sistema de descarga por bocal lateral pressurizado, que substitui a tradicional libertação pela rampa traseira. Esta solução mantém a pressurização da cabine, reduz o impacto aerodinâmico durante a missão e aumenta a segurança da operação.

Rapidez de Instalação e Recarga: O módulo pode ser montado ou removido em cerca de uma hora, permitindo alternar rapidamente entre missões de transporte e de combate a incêndios. A recarga de água ou retardante é igualmente célere, levando cerca de 12 minutos.

Redução de Desgaste e Custos: Ao evitar a libertação de retardante no interior da fuselagem, o MAFFS II diminui o risco de corrosão e reduz custos de manutenção. Além disso, por ser independente da aeronave, o seu ciclo de vida é gerido de forma autónoma.

Versatilidade de Utilização: Embora a sua missão principal seja o combate a incêndios, o sistema pode ser adaptado para outras funções, como a dispersão de produtos químicos em emergências ambientais ou operações de controlo agrícola.

Impacto Operacional para a FAP

A introdução do MAFFS II permitirá que a Esquadra 501 execute missões de combate a incêndios sem perder a capacidade de cumprir o vasto leque de tarefas atribuídas aos C-130H — desde transporte logístico e aeromédico até operações em teatros internacionais. Em cenários de crise, esta polivalência permitirá reforçar de imediato a resposta nacional, integrando o dispositivo aéreo de combate a incêndios com meios de elevada autonomia, alcance e capacidade de carga.

O regresso da Força Aérea Portuguesa ao combate aéreo direto a incêndios, agora com tecnologia de ponta, simboliza mais do que uma mera aquisição de equipamento. Representa a recuperação de uma capacidade estratégica, integrando-a num conceito operacional moderno e adaptado às exigências do presente. Com o MAFFS II, os “Bisontes” acrescentam ao seu já notável historial uma nova missão — uma que, tal como tantas outras, exige precisão, coordenação e coragem. 

Fonte e Fotos: U.S. Air Force






































Quarenta anos depois da primeira experiência da Força Aérea Portuguesa (FAP) com um sistema modular de combate aéreo a incêndios, a Esquadra 501 “Bisontes” prepara-se para receber uma nova capacidade que promete alterar de forma significativa a resposta nacional a este tipo de emergências. O Modular Airborne Fire Fighting System II (MAFFS II) é um módulo de combate a incêndios florestais que, instalado num C-130H Hercules, transforma o veterano avião de transporte numa plataforma aérea polivalente, capaz de lançar mais de 13 000 litros de água ou retardante químico por missão. 

A decisão de aquisição, tomada em Conselho de Ministros em agosto de 2025, insere-se numa estratégia de reforço das capacidades nacionais de resposta a catástrofes e incêndios rurais, integrando a FAP num restrito grupo de forças aéreas que operam este sistema. 

Antecedentes Históricos

A ligação da Força Aérea ao conceito MAFFS remonta a 1983, quando um sistema MAFFS I foi instalado num C-130H da Esquadra 501. Essa capacidade manteve-se ativa durante cerca de uma década, mas o sistema acabaria por ser retirado de serviço em meados dos anos 90 e alienado entre 2009 e 2013. Durante esse período, o país recorreu sobretudo a meios civis contratados para combate a incêndios, deixando a FAP sem uma solução orgânica deste género. 

O regresso agora anunciado marca uma viragem, com a adoção da mais recente evolução tecnológica: o MAFFS II. 

O que é o MAFFS II?

O MAFFS II é um sistema roll-on/roll-off de combate aéreo a incêndios, desenvolvido para ser instalado no compartimento de carga de aeronaves de transporte militar sem necessidade de modificações estruturais permanentes. No caso português, será aplicado aos C-130H da Esquadra 501, mantendo a flexibilidade para que estas aeronaves continuem a desempenhar as suas missões habituais de transporte tático e estratégico.

Capacidade de Descarga: O MAFFS II pode lançar aproximadamente 13 000 litros de água ou retardante, um aumento significativo face à versão anterior (cerca de 10 000 litros). Esta carga é libertada em poucos segundos, cobrindo uma faixa larga de terreno e criando barreiras de contenção eficazes.

Descarga Lateral Pressurizada: Uma das inovações mais relevantes é o sistema de descarga por bocal lateral pressurizado, que substitui a tradicional libertação pela rampa traseira. Esta solução mantém a pressurização da cabine, reduz o impacto aerodinâmico durante a missão e aumenta a segurança da operação.

Rapidez de Instalação e Recarga: O módulo pode ser montado ou removido em cerca de uma hora, permitindo alternar rapidamente entre missões de transporte e de combate a incêndios. A recarga de água ou retardante é igualmente célere, levando cerca de 12 minutos.

Redução de Desgaste e Custos: Ao evitar a libertação de retardante no interior da fuselagem, o MAFFS II diminui o risco de corrosão e reduz custos de manutenção. Além disso, por ser independente da aeronave, o seu ciclo de vida é gerido de forma autónoma.

Versatilidade de Utilização: Embora a sua missão principal seja o combate a incêndios, o sistema pode ser adaptado para outras funções, como a dispersão de produtos químicos em emergências ambientais ou operações de controlo agrícola.

Impacto Operacional para a FAP

A introdução do MAFFS II permitirá que a Esquadra 501 execute missões de combate a incêndios sem perder a capacidade de cumprir o vasto leque de tarefas atribuídas aos C-130H — desde transporte logístico e aeromédico até operações em teatros internacionais. Em cenários de crise, esta polivalência permitirá reforçar de imediato a resposta nacional, integrando o dispositivo aéreo de combate a incêndios com meios de elevada autonomia, alcance e capacidade de carga.

O regresso da Força Aérea Portuguesa ao combate aéreo direto a incêndios, agora com tecnologia de ponta, simboliza mais do que uma mera aquisição de equipamento. Representa a recuperação de uma capacidade estratégica, integrando-a num conceito operacional moderno e adaptado às exigências do presente. Com o MAFFS II, os “Bisontes” acrescentam ao seu já notável historial uma nova missão — uma que, tal como tantas outras, exige precisão, coordenação e coragem. 

Fonte e Fotos: U.S. Air Force





































3 comentários:

  1. Espero
    Bom sucesso!!!
    Já não era sem tempo!!!
    Ainda me lembro numa entrevista de circunstância, o 1° Ministro dizer iam constituir a EMA, e a FÃ não fazia falta !!!

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  2. Que boas notícias!!!
    Seria algo tipo isto?

    https://www.facebook.com/share/v/1FpawWqgKp/

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  3. Que boas notícias! Seria algo tilo isto?

    https://www.facebook.com/share/v/1FpawWqgKp/

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