terça-feira, 25 de novembro de 2025

Esquadra 301 – Jaguares: 57 anos de excelência operacional

 

A Esquadra 301 – “Jaguares” celebra hoje 57 anos de existência, marcados por dedicação, profissionalismo e uma forte identidade operacional dentro da Força Aérea Portuguesa. Criada em novembro de 1968, a Esquadra nasceu com a missão de assegurar capacidades de ataque e apoio aéreo tático, então com o lendário Fiat G.91. Desde então, evoluiu, modernizou-se e tornou-se uma referência na aviação de combate nacional.

Ao longo das décadas, os Jaguares têm operado diversas plataformas, destacando-se a transição para o Alpha Jet, onde consolidaram a sua reputação como unidade ágil, precisa e altamente treinada. Com a chegada do F-16 Fighting Falcon, a Esquadra 301 entrou numa nova era tecnológica, assumindo hoje um papel fundamental nas missões de Defesa Aérea, Interceção, Apoio Aéreo Próximo, Air Policing e operações multinacionais no âmbito da NATO.

A operar desde a Base Aérea nº 5, em Monte Real, os Jaguares distinguem-se pela sua postura de excelência, disciplina e espírito de corpo. O lema “ De nada a Forte Gente se Temia” reflete o compromisso da Esquadra com a prontidão operacional e com a defesa do espaço aéreo nacional, mantendo-se sempre preparada para responder a qualquer desafio, seja em território nacional ou em missões internacionais.

Ao celebrar estes 57 anos, homenageiam-se também todos os militares, do passado e do presente, que contribuíram para o prestígio da Esquadra. A história dos Jaguares continua a escrever-se todos os dias, impulsionada por inovação, rigor e uma cultura operacional que coloca a Esquadra 301 entre as unidades de referência da Força Aérea.

Parabéns aos Jaguares pelos seus 57 anos de serviço à Pátria.






































segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Reativação da Esquadra 551: Dois Anos de Voo e Excelência

 


A Esquadra 551 “Panteras” celebra hoje 2 anos desde a sua reativação, marcando um momento importante na história recente da Força Aérea Portuguesa. A sua missão centra-se no combate a incêndios rurais e na mobilidade aérea, operando helicópteros UH‑60 Black Hawk, que constituem atualmente o seu principal meio operacional. Historicamente, a Esquadra 551 foi criada em 1978, sucedendo à Esquadra de Helitransporte e Ligação com Alouette III, e destacou-se nas missões de transporte e salvamento, vigilância marítima e apoio a operações de emergência. Após ter sido desativada na década de 1980, foi reativada a 24 de novembro de 2023, passando a operar na Base Aérea n.º 8, em Ovar, com uma nova configuração adaptada às necessidades modernas da Força Aérea.

Inicialmente, a Força Aérea adquiriu seis UH‑60A Black Hawk para equipar a Esquadra, mas em setembro de 2024 foi assinado um novo contrato para três unidades adicionais, elevando a frota para nove helicópteros. Em outubro de 2025, chegou o primeiro UH‑60L, uma versão modernizada com novos motores, caixa de transmissão reforçada, maior carga útil e radar meteorológico, aumentando ainda mais a capacidade operacional da Esquadra. Até agora, cinco helicópteros UH‑60 já foram entregues à Esquadra 551, permitindo a realização de operações complexas de transporte, combate a incêndios e projeção de forças.

O regresso das “Panteras” simboliza a preservação de uma identidade histórica que liga o presente ao passado da Força Aérea, reforçando a capacidade nacional de resposta a emergências e operações críticas. O emblema da Esquadra apresenta uma pantera rugindo, ladeada por chamas, refletindo a sua missão de domar o fogo, e o lema «Torna sereno e claro o ar escuro», retirado de Os Lusíadas, reforça o espírito de clareza, coragem e domínio em situações de perigo. Nestes dois anos desde a reativação, a Esquadra 551 demonstrou profissionalismo, capacidade técnica e dedicação à missão, preparando-se para atingir a plena operacionalidade nos próximos anos. Parabéns, Esquadra 551, que continuem a proteger o país com garra, competência e coragem.







































Esquadra 552 “Zangões” — 47 anos de serviço, coragem e dedicação

 

A Esquadra 552 “Zangões” celebra hoje 47 anos de dedicação à missão helicóptero na Força Aérea Portuguesa. Ao longo de quase meio século, esta unidade consolidou uma herança única, moldada por aeronaves icónicas, operações exigentes e gerações de militares que fizeram da palavra “serviço” a sua essência.

No centro dessa história está o Sud Aviation Alouette III, o helicóptero que se tornou um verdadeiro marco histórico da FAP e símbolo indissociável dos “Zangões”. Foi nele que se formaram inúmeras gerações de pilotos e tripulantes de helicóptero, sendo utilizado em treino avançado, evacuações médicas, busca e salvamento, apoio a forças terrestres e missões humanitárias. O Alouette III não foi apenas uma aeronave: foi uma escola, um laboratório de operações e um elemento cultural dentro da Força Aérea. A Esquadra 552 tornou-se a guardiã desse legado, transportando para o presente os valores e tradições associados a esta plataforma mítica.

A história da unidade ficou marcada por momentos determinantes. Foi a 24 de novembro de 1978 que a Esquadra 33 passou a ostentar a designação Esquadra 552, símbolo da evolução da missão helicóptero no seio da FAP. A 30 de setembro de 1986, a Esquadra recebeu os helicópteros da então extinta Esq. 551, reforçando capacidades e know-how operacional. Em 1993, absorveu ainda a Esq. 111, tornando-se a legítima herdeira das tradições e experiência acumulada por todas as unidades que, desde os primórdios, operaram o lendário AL III na Força Aérea. Esta herança continua a ser honrada diariamente, com a responsabilidade que lhe está associada.

Um dos capítulos mais emblemáticos dessa herança é a criação dos Rotores de Portugal, a famosa esquadrilha acrobática da Força Aérea, que utilizava precisamente o Alouette III. Única na Europa na sua tipologia, esta formação demonstrava de forma espetacular a destreza dos pilotos e as excecionais capacidades manobráveis da aeronave. Os Rotores de Portugal tornaram-se um símbolo de excelência, disciplina e espírito de equipa, levando o nome da Esquadra e do país a eventos aéreos nacionais e internacionais, onde deixaram uma marca inesquecível.

Hoje, a Esquadra 552 mantém viva essa tradição com uma nova geração de aeronaves: o Leonardo AW119 MkII Koala. Ágil, moderno e versátil, o Koala assegura atualmente as missões de instrução e diferentes tipos de operações, garantindo que os futuros pilotos de helicóptero da FAP continuam a ser preparados ao mais alto nível. Apesar da modernização, o espírito da Esquadra permanece o mesmo: rigor, dedicação e prontidão para responder em todo o território nacional.

Nesta celebração dos 47 anos dos “Zangões”, homenageia-se não apenas a história, mas também todos os militares, passados e presentes, que deram vida à missão. O passado é motivo de orgulho, o presente é de competência, e o futuro continua a erguer-se sobre as asas de quem vive para voar e servir.

Parabéns, Esquadra 552 — que continuem a honrar o vosso lema «…Em perigos e guerras esforçados…» e a voar sempre mais alto.























segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Harpias da Força Aérea Portuguesa — 4 Anos de Vigilância e Inovação


A Esquadra 991 – “Harpias” da Força Aérea Portuguesa celebra, neste dia 17 de novembro de 2025, o seu quarto aniversário desde a sua criação em 2021. Trata-se da primeira unidade aérea da FAP inteiramente dedicada à operação de Sistemas Aéreos Não Tripulados (SANT), concebida para executar missões de vigilância, reconhecimento e apoio à proteção civil e militar. Instalados no Centro de Formação Militar e Técnico da Força Aérea, na Ota, os Harpias nasceram a partir do conhecimento acumulado por um núcleo pré-existente, composto por militares formados no CIAFA, que já operavam sistemas OGASSA OGS 42N/VN antes da criação formal da esquadra.

A missão da 991 centra-se principalmente em operações de intelligence, surveillance e reconnaissance (ISR), com especial enfoque na vigilância terrestre e marítima, no apoio a operações de combate a incêndios rurais e na proteção de pessoas e bens através da monitorização ambiental, fiscalização de zonas protegidas e apoio ao ordenamento territorial. Ao longo destes quatro anos, a esquadra tem participado em exercícios nacionais e internacionais, destacando-se no Real Thaw 2023, onde realizou missões de reconhecimento, dynamic targeting e recuperação pessoal, evidenciando a capacidade de integração dos SANT em contextos militares complexos.

Entre as suas realizações mais significativas, destaca-se o primeiro voo entre o continente e a Madeira, realizado em outubro de 2022, quando um UAV partiu de Beja até Porto Santo, cobrindo cerca de 940 km. Esta operação permitiu testar a autonomia do sistema, a robustez das comunicações a longa distância e a eficácia do controlo remoto, demonstrando a capacidade da esquadra de atuar em cenários estratégicos de larga escala. O emblema da unidade, com a figura mitológica da harpia, simboliza a vigilância e a abrangência das operações sobre terra e mar, enquanto o lema “Distinto olhar… sobre a terra e sobre o mar” reflete de forma clara a missão da esquadra de monitorizar e proteger o território nacional.

Nestes quatro anos, a Esquadra 991 “Harpias” consolidou-se como uma força inovadora dentro da Força Aérea Portuguesa, combinando tecnologia de ponta e capacidade operacional, e demonstrou que os sistemas não tripulados são agora instrumentos estratégicos essenciais. A sua evolução aponta para um futuro em que a unidade continuará a desempenhar um papel central na vigilância, na proteção civil e na defesa nacional, adaptando-se às exigências de um espaço aéreo cada vez mais complexo e tecnológico.





























Night Block Training - Destacamento da Força Aérea Belga em Monte Real

 


A Força Aérea Belga esteve destacada na Base Aérea Nº 5 de Monte Real para a realização do exercício Night Block Training, uma atividade operacional focada no aperfeiçoamento de missões noturnas em cenários de elevada complexidade. O destacamento foi composto por aeronaves F-16A/BM, pertencentes às esquadras OCU, 349 e 31, todas baseadas em Kleine-Brogel. Este treino intensivo em Portugal oferece condições que o espaço aéreo belga não permite replicar, devido às suas limitações de dimensão, tráfego e restrições operacionais. Em Monte Real, as equipas belgas beneficiam de um espaço aéreo vasto e flexível, incluindo áreas sobre o oceano, ideal para exercícios táticos avançados.


Durante o Night Block Training, os pilotos realizam missões noturnas exigentes, que incluem combate aéreo, navegação tática e gestão de sistemas de bordo em ambientes de visibilidade reduzida. Cada missão resulta de um planeamento rigoroso levado a cabo pelos mission planners belgas, que definem trajetórias, objetivos e dados técnicos posteriormente carregados nos sistemas dos F-16A/BM. Este trabalho minucioso garante a execução segura e eficaz das operações, num treino cujo ritmo é particularmente intenso, estendendo-se desde a madrugada até ao final da noite e replicando de forma realista as exigências operacionais contemporâneas.

A presença das três esquadras reforça igualmente a cooperação entre Portugal e a Bélgica. Em Monte Real, pilotos, técnicos e planeadores belgas trabalham lado a lado com a Força Aérea Portuguesa, promovendo a troca de conhecimentos e a harmonização de procedimentos entre dois aliados da NATO. Esta proximidade cria um ambiente de aprendizagem conjunta que aumenta significativamente a interoperabilidade e a coesão operacional, transformando o destacamento numa verdadeira “grande esquadra combinada”.

Este exercício assume especial relevância no contexto atual da Força Aérea Belga, que se encontra em pleno processo de substituição dos seus F-16AM/BM pelo novo F-35A. À medida que os Lightning II entram ao serviço, a frota de F-16 está a aproximar-se do final da sua vida operacional. Por essa razão, o destacamento em Monte Real poderá vir a ser um dos últimos realizados com estas aeronaves, conferindo ao exercício um caráter simbólico: trata-se não apenas de treino avançado, mas também de uma das derradeiras oportunidades para as esquadras belgas operarem os seus veteranos F-16 em missões de elevada intensidade fora do país.

A escolha de Monte Real confirma a importância estratégica da base enquanto polo europeu de treino avançado, demonstrando a sua capacidade de acolher operações noturnas complexas e de proporcionar condições únicas para exercícios de alta intensidade. Para a Força Aérea Belga, o Night Block Training representa um contributo essencial para a preparação das suas tripulações; para Portugal, reforça a confiança dos aliados e consolida o papel da Força Aérea Portuguesa no panorama da defesa aérea europeia.

Fonte e Fotos: mil.be












sábado, 8 de novembro de 2025

Mais dois A-29N Super Tucano em deslocação rumo a Portugal

 


Duas aeronaves A‑29N Super Tucano da Embraer, com registos provisórios PT‑CUS e PT‑CYU, estão a caminho de Portugal para integrar a Força Aérea Portuguesa (FAP), no âmbito do contrato para aquisição de 12 unidades desta tipologia.

As aeronaves cumpriram várias escalas na travessia desde o Brasil — incluindo Recife e Fernando de Noronha — e passaram por Cabo Verde antes de chegarem às Ilhas Canárias. Estão atualmente no Aeroporto de Gran Canaria (Las Palmas) e realizarão a etapa final até à Base Aérea / instalações da OGMA em Alverca, onde será iniciada a integração operacional e adaptação dos sistemas segundo os padrões OTAN.

Durante a travessia transatlântica, os Super Tucano são acompanhados por um P‑3C CUP Orion da FAP, matrícula 14807, que presta apoio logístico e de navegação durante o voo.

Trata-se de um voo ferry civil da Embraer, uma vez que as aeronaves ainda não foram formalmente entregues à FAP. Para esta última etapa, o acompanhamento aéreo pode variar conforme coordenações com o controlo aéreo e autoridades aeroportuárias.

A versão A‑29N, concebida especificamente para cumprir os requisitos da NATO, está equipada com sistemas de comunicação criptografados, aviônicos de última geração e capacidade para empregar armamento de precisão. 

A chegada destas aeronaves marca um passo importante na modernização da frota da FAP, reforçando a capacidade de treino avançado e ataque leve com aeronaves adaptadas aos padrões internacionais e às exigências operacionais da NATO.

O meu agradecimento ao António Rodriguez pela cedência da foto com os dois A-29N estacionados no Aeroporto da Gran Canaria. Fiquem bem Jorge Ruivo