segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Primeiros A-29N da Força Aérea Portuguesa já voam rumo a Portugal

 

Hoje, os primeiros A-29N da Força Aérea Portuguesa decolaram da unidade da Embraer em Gavião Peixoto, Brasil, com destino à OGMA, em Portugal, onde receberão os equipamentos necessários para operarem de acordo com os requisitos operacionais da OTAN. A informação foi divulgada pela Embraer nas suas redes sociais e assinala um marco no programa de aquisição destas aeronaves de treino avançado e ataque leve, que fazem parte de um contrato de 12 unidades destinadas a equipar a Força Aérea Portuguesa.

A nova geração de treino avançado e ataque leve

A versão A-29N Super Tucano foi desenvolvida especificamente para os padrões da NATO, incorporando avionics e sistemas de última geração. Entre as suas principais características destacam-se:

  • Aviónica avançada: comunicações V/UHF compatíveis com NATO, SATCOM, enlace de dados Link 16, módulo DACAS (Digital Close Air Support) e transmissão de vídeo em tempo real via ROVER.
  • Autodefesa e vigilância: sistemas de alerta radar (RWR), contramedidas (chaff/flares) e sensor eletro-óptico para missões de ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento).
  • Poder de fogo: duas metralhadoras M3P calibre 12,7 mm na fuselagem, além de compatibilidade com bombas guiadas, foguetes e pods de armamento.
  • Robustez operacional: capacidade de operar em pistas curtas ou pouco preparadas, baixa manutenção e custos de operação reduzidos.

Com estas capacidades, os A-29N portugueses assumem-se como plataformas polivalentes, capazes de realizar treino avançado de pilotos, apoio aéreo próximo (CAS), missões JTAC, ISR e patrulha em cenários exigentes.


Contrato e cooperação industrial

O acordo assinado em 16 de dezembro de 2024 entre Portugal e a Embraer prevê a aquisição de 12 aeronaves A-29N Super Tucano, num investimento global de 200 milhões de euros. O pacote contempla ainda um simulador de voo, treino de tripulações, bens e serviços de apoio logístico.

Um dos pontos de maior relevância é o envolvimento direto da indústria nacional, com a OGMA a assumir papel central na integração dos sistemas e na sustentação futura da frota. O programa prevê ainda retornos industriais estimados em 75 milhões de euros, reforçando a base tecnológica e de defesa em território português.

Com esta aquisição, Portugal torna-se o primeiro país europeu a operar a versão A-29N, consolidando também a cooperação estratégica com a indústria aeronáutica brasileira. 


Um marco para a Força Aérea

A chegada dos primeiros A-29N representa um passo decisivo na modernização da Força Aérea Portuguesa, garantindo maior capacidade de treino e operações de ataque ligeiro, num investimento com forte retorno industrial e tecnológico.

Ao tornar-se pioneiro europeu na adoção do Super Tucano na sua versão NATO, Portugal reforça a sua capacidade de interoperabilidade com os aliados da Aliança Atlântica e abre caminho para uma nova era de cooperação no setor aeronáutico.

Fonte e fotos: Embraer

































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